09/11/2018 as 07:37

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O mais franco dos francos



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O país precisa urgentemente receber um choque térmico – não de altíssima gravidade -, mas, dentro dos limites suportáveis, que sirva de aviso prévio, prevenção e alguns cuidados, para abrandar os perigos que rondam nossas instituições, visivelmente fragilizadas pelas ações de propostas e interesses nada republicanos. O pensamento democrático a todo momento exige afloramento de uma escalada de ações coadjuvantes em sua praticidade, ressaltando valores intrínsecos que não cabem nem se acomodam dentro de um quadro restrito de individualidade, nem de omissão; e tem que ser participativo para que possa encontrar ressonância e apoio popular, de muita gente, de povo.


Acabamos de sair de uma eleição cansativa, cheia de factoides desqualificados, outros comprometedores, chocantes e, um visível preambulo de anarquia generalizada, que teima em continuar às margens, fragilmente protegida per um manto ralo de uma democracia incompleta, que deve ser sustentada e mantida em nome dos anseios do ‘feitio’ caricato do povo brasileiro.


Depois de grandes batalhas cívicas, onde a munição principal tem sido o voto livre e democrático - porém não espontâneo, gosto de avaliar, medir e pesar meus conceitos (escrevendo aqui ou dialogando acolá), dividindo com alguém, ouvindo o poder do raciocínio lógico de terceiros, e assim poder aferir e avaliar minhas rebuscadas conclusões.


Para esses momentos informais e até simplórios, escolho sempre um amigo de ‘pensar mais aberto’ e, em qualquer um dos dois shoppings da cidade, a gente se encontra para tomar aquele cafezinho com aroma das ‘rubiáceas’ e sabor estimulante de politica/econômica e financeira.


O mais requisitado companheiro para tais assuntos específicos, continua sendo o ex deputado estadual e atual empresário da comunicação, Walter Franco, diretor superintendente do Sistema Atalaia de Comunicação. Não só por que ele faz questão de pagar a pesada conta (sempre acompanhada de uma água mineral de 350ml por 6 reais - coisa mais cara do mundo), mas, e também, principalmente, por ser uma companhia sempre muito atenta, acumulando conteúdo bastante abrangente, sensato, e, ao mesmo tempo, criterioso e crítico – mormente em relação ao atual cenário politico sergipano e brasileiro.


Dentre tantos outros méritos, enumero seu legado maior de conteúdo próprio a competência sempre elaborada para formatar projeções abalizadas sobre o rumo comportamental das variantes do mercado econômico, além de carregar uma bagagem diferenciada, com vivência de quase meio século de competência - no pragmático mercado da comunicação.


Diante de sua exposta lisura, tornou-se referencial de credibilidade e respeito – dentro desse limitado espaço destinado aos homens de caráter pleno. Pena que o atual comportamento político, até então comprometido com o que há de mais espúrio, não contempla caráter e ética.


Em um tempo ainda mais sinuoso do nosso tempo político, o país em pleno regime de exceção, nos momentos das fortes contendas em prol das diretas já, veja como já se posicionava o jovem deputado estadual Walter Franco, diante da sua consciência em defesa da democracia.


“ não tememos o julgamento da história, pois o centro da nossa consciência eminentemente democrática não se manifesta de outra forma. Não entendemos democracia distanciada desse raciocínio: o povo participando ativamente da república e escolhendo seus dirigentes em todos os níveis; pulsando através de suas entidades representativas de classe, dentro de uma sociedade política e judicialmente organizada, respeitada e fazendo-se respeitar.” - Mesmo assim com esse formato difícil de ser encaixado na nomenclatura politica dos nossos dias, eu reservaria um espaço amplo para ele continuar cultuando suas ideias democráticas. Vamos em frente! O amanhã é um outro dia!

Valfran Soares/publicitário, poeta e compositor