14/01/2019 as 12:01

Editorial: Previdência é a prioridade

Por isso, o governo deseja encaminhá-la no mais breve espaço de tempo possível.

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O ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, disse ontem que é fundamental que o governo Bolsonaro resolva o problema da Previdência de maneira impactante. Mas há muitas reações. Por isso, o governo deseja encaminhá-la no mais breve espaço de tempo possível.


Fraga, que participou do lançamento da coleção “História Contada do Banco Central do Brasil”, considera a Previdência o maior item do lado dos gastos do governo. Ele lembra que a situação da Previdência é de alto risco e exige comprometimento de todos os políticos ligados ao bloco governista para obter a aprovação.


O economista acha que o que precisa fazer é acertar o lado fiscal. Não há Banco Central que resista a uma situação fiscal como a nossa. Esta situação é muito grave e urgente. O Governo Federal está mal das pernas e a maioria dos estados está quebrada. Isso pode ser um estímulo para os governadores se engajarem no encaminhamento da proposta e no processo de votação.


O economista e professor da PUC-Rio, Gustavo Franco, também ex-presidente do BC, salientou que a reforma da Previdência deve ser a prioridade da pauta e que o governo deve ser arrojado e colocar com clareza para o país o tamanho do problema e sua solução.

Franco entende que fazer a reforma da Previdência pela metade não resolve. Não é bom. Ele diz que está vendo com muita expectativa “e com moderado otimismo” as políticas econômicas do governo Bolsonaro. Mas ainda é cedo para emitir posições definitivas. O governo faz avaliações internas e depois abrirá as discussões com a sociedade.