23/05/2019 as 07:33

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EDITORIAL: A reforma é necessária

O ministro comparou a reforma da Previdência a uma cirurgia, que ninguém gosta de fazer, mas é necessária.

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O Governo Federal pretende acelerar as privatizações logo após a aprovação da reforma da Previdência. A venda de estatais permitirá ao Estado brasileiro travar as despesas com juros da dívida, conforme revelou ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes. A Nova Previdência inaugurará no Brasil um novo tempo.


O ministro acredita em um novo tempo no Brasil com a Nova Previdência. Com a reforma, os investimentos vão voltar a crescer, devido à previsibilidade para a economia de duas décadas. Assim, para o ministro, o país poderá crescer entre 2,5% e 3,5% por ano. Ele fez declarações no seminário “Previdência: por que a reforma é crucial para o futuro do país?”, organizado pelos jornais “Correio Braziliense” e “Estado de Minas”. Ele aposta que essa reforma abre os portões para uma fase nova.


As duas grandes despesas do país atualmente são com a Previdência, em cerca de R$ 750 bilhões, este ano, e os gastos com juros, em cerca de R$ 350 bilhões. Para conter essas despesas com juros, o ministro disse que fará privatizações.


Conforme Paulo Guedes, a meta é gerar US$ 20 bilhões em receitas com as privatizações, sendo que o governo gerou mais de US$ 11 bilhões. A maior parte são de concessões. Ele afirmou que “por enquanto não tem peixe grande. Daqui a pouco vão entrar os grandes também. Com as privatizações, vamos travar essa despesa que é uma vergonha para o Brasil”.


O ministro comparou a reforma da Previdência a uma cirurgia, que ninguém gosta de fazer, mas é necessária. Há empenho na política de convencimento.


Paulo Guedes argumentou que a reforma é necessária devido ao envelhecimento da população, com menos jovens no mercado de trabalho contribuindo no futuro, por haver privilégios no sistema atual, e por considerar que a forma de financiamento é uma “bomba-relógio”.