25/10/2019 as 09:24
Cemitérios na capitalNão há cemitérios suficientes para a demanda e o cemitério São João Batista, administrado pelo município, está saturado e carecendo de reformas.
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Sempre que se aproxima o feriado de Finados, em 2 de novembro, Aracaju retoma um debate antigo, sobre um problema também antigo e sem solução. É a discussão que trata de cemitérios na capital sergipana. Não há cemitérios suficientes para a demanda e o cemitério São João Batista, administrado pelo município, está saturado e carecendo de reformas.
Em maio deste ano, a Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese) encaminhou uma correspondência ao prefeito de Aracaju, e ao Ministério Público Estadual, pedindo melhorias nas instalações do cemitério municipal. A entidade encaminhou fotografias que mostravam problemas e a situação de abandono do espaço público.
Aracaju não consegue solucionar o problema que provoca dores de cabeça na população do Mosqueiro e de toda a Zona de Expansão da capital, que é onde sepultar os mortos. Não se pode negar os esforços da Emsurb em garantir que não falte vagas para os corpos que chegam ao São João Batista, mas o maior cemitério do Estado não possui mais opções para sepultamento no vasto terreno, e só oferece vagas nas gavetas.
O São João Batista recebe cuidados de limpeza e manutenção, mas é visível o abandono do espaço, especialmente na área onde ainda são sepultados corpos.
Na Zona de Expansão o problema é a falta de cemitérios e o JORNAL DA CIDADE já denunciou o sepultamento de mortos em cemitérios clandestinos. As famílias, sem opção, acabam estimulando o surgimento de problemas para a saúde. Esse assunto já esteve em pauta no Ministério Público Estadual e não se alcançou uma solução. O problema é que estes locais não atendem a legislação e colocam em risco a saúde da população.
No feriado de Finados o aracajuano estará no São João Batista para celebrar seus mortos e vai se deparar com os mesmos problemas de sempre: falta de espaço, desordenamento e até insalubridade. Cemitérios são locais de visitação e deveriam receber cuidados especiais. No caso do São João Batista, espera-se uma reforma que transforme aquele campo santo em um local aprazível.