Sefaz diz que Energisa tem dívida milionária com SE

O montante da dívida entre Governo do Estado de Sergipe e Energisa é alto, segundo afirma a assessoria de comunicação da empresa fornecedora de energia elétrica no estado. Para manter a ética da relação comercial, não foram citados valores, porém, a inadimplência levou ao corte de energia em três órgãos públicos nesta quarta-feira, 27, sendo um deles a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Segundo o assessor da Energisa, André Brito, os cortes foram feitos na quarta, mas o Governo negociou e a energia retornou no mesmo dia. Havia ainda mais órgãos do Estado a terem a suspensão do fornecimento, porém, com a negociação, o corte foi evitado.

Além da Secretaria de Saúde, o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) e o Centro de Meteorologia ficaram sem funcionar por algumas horas no período da manhã. O Governo de Sergipe informa que o processo de negociação com a Energisa é sobre um débito de R$ 161 milhões referente ao Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Segundo o secretário da Fazenda, Ademário Alves, é preciso fazer um encontro de contas para que a companhia abata o valor nas contas de energia que gira em torno de R$ 2 milhões por mês, do débito de ICMS da empresa com o Estado, “que já tem em autuação cerca de R$ 160 milhões”.

“O corte de energia é isonomia. Tratamento igualitário entre os clientes. Se a gente corta do mais pobre inadimplente, porque também não cortar dos órgãos públicos? Seria injusto”, explica o assessor André Brito, sobre os cortes.

Informações apuradas pelo portal de notícias F5 News revelam que não houve pagamento das faturas por parte do governo, segundo relatou a assessoria de comunicação da Secretaria da Fazenda (Sefaz).

“Não houve reunião por estes dias. Na verdade, o que ocorreu foi uma ação equivocada da empresa, pois o governo chamou no início do mês para uma reunião e solicitou um encontro de contas. A Energisa deve ao Estado R$ 160 milhões, aproximadamente, enquanto as pendências do Estado somam algo próximo dos R$ 2 milhões”, disse a assessoria da Sefaz.

Por Laís de Melo/Equipe JC