96 médicos cubanos devem deixar Sergipe

Foto: Arquivo

Presentes em 34 municípios sergipanos, os médicos cubanos chegaram a Sergipe em 2013 e devem retornar ainda esse ano para o seu país de origem.

O anúncio foi feito na última quarta-feira, 14, pelo governo de Cuba, que citou entre as razões para a saída do Programa Social Mais Médicos, referência diretas, depreciativas e ameaçadoras feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil.

Em agosto, durante a campanha, Bolsonaro chegou a afirmar que expulsaria os médicos cubanos do Brasil. Além disso, o governo cubano informou também como motivo, a não concordância com os testes de capacidade para revalidação de médicos formados no exterior, o Revalida.

O Programa Mais Médicos foi lançado em 2013, no governo de Dilma Rousseff, para reduzir o déficit de profissionais, especialmente no Interior do País. Apesar de englobar médicos de diversos países, é de Cuba o maior número de profissionais. Ao todo, 8.332 cubanos trabalham no programa.

A Região Nordeste foi a maior contemplada com os médicos cubanos com 2.817 profissionais, o equivalente a 33,8% deles.

Em Sergipe, 34 municípios acolheram os cubanos, num total de 96 profissionais em atuação. Além dos médicos cubanos, o Estado possui uma profissional de origem portuguesa.

Receberam os médicos, as cidades de: Aquidabã, Arauá, Boquim, Brejo Grande, Canhoba, Capela, Carira, Cedro de São João, Estância, Frei Paulo, Gararu, Ilha das Flores, Indiaroba, Itabaianinha, Itaporanga, Japoatã, Lagarto, Monte Alegre, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora do Socorro, Pacatuba, Poço Redondo, Propriá, Rosário, Salgado, Santa Luzia, Santana do São Francisco, Santo Amaro das Brotas, São Domingos, Simão Dias, Tobias Barreto, Tomar do Geru e Umbaúba.

De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde, o Ministério da Saúde já anunciou que estará abrindo edital para contratar médicos que queiram ocupar as vagas que serão deixadas pelos cubanos. O Ministério também anunciou que estuda a contratação de estudantes de medicina formados pelo Fies.