Mais de 70 famílias estão desalojadas

Foto: André Moreira/Equipe JC

Com tanta chuva em Sergipe nos últimos cinco dias, cerca de 70 famílias ficaram desalojadas. Com as casas encharcadas ou sob risco de desabamento, muitos tiveram que deixar os seus lares e se abrigarem temporariamente em estruturas providenciadas pelas assistências sociais municipais. As famílias mais carentes são as mais prejudicadas, e Aracaju foi a cidade com maiores registros de intercorrências causados pelas chuvas dos últimos dias.

As equipes da Defesa Civil Estadual estão espalhadas por todo estado em situação de alerta com o mau tempo, realizando ações de monitoramento das comunidades. No município de Japaratuba, três casas se encontravam em risco de desabamento e os familiares foram prontamente retirados ainda na noite de quarta-feira, 10, pela Defesa Civil Estadual. Por volta das 10h da manhã de ontem, 11, a direção executiva do órgão realizou um sobrevoo para verificar de cima e com visão panorâmica a real situação dos bairros, principalmente na região do Jabotiana, na capital sergipana.

“Todo o estado está sofrendo com os problemas causados pelas chuvas, mas Aracaju apresenta as maiores consequências. Vamos realizar uma reunião com vários órgãos para tomar algumas decisões, principalmente em relação às barragens. Os empreendedores dizem que não há risco de colapso estrutural, no entanto, vamos avaliar quais ações de prevenção iremos tomar”, disse o diretor executivo da Defesa Civil, major Luciano Queirós.

Ao todo, 72 famílias foram retiradas de suas residências até a última quarta-feira, 10, em Sergipe. Do total, 40 foram retiradas da região do Largo da Aparecida, no bairro Jabotiana. A região é uma das mais baixas da capital e onde vive uma população carente.

Foram todas enviadas para uma estrutura montada pela Secretaria de Assistência Social de Aracaju. O Conjunto Veneza, zona oeste da capital, também amanheceu alagado e as famílias ficaram ilhadas. Na região das Mangabeiras, no bairro Santa Maria, a água da chuva invadiu as residências. As equipes da Defesa Civil Estadual e Municipal fizeram avaliações de risco em três casas no Santos Dumont, com uma família desalojada; uma casa no Japãozinho e mais uma no Porto Dantas. 

Em Estância, foi feita a interdição temporária da ponte próxima ao Complexo XPTO. De acordo com o diretor da Defesa Civil Estadual, cel. Alexandre José, a medida foi adotada de maneira preventiva. “Em 2009, a ponte ruiu em razão da alta vazão do rio Piauitinga. Foi reconstruída, mas como o nível do rio está alto e com grande vazão, achamos prudente interditar temporariamente.

Os comerciantes locais foram notificados para que saiam do local até uma reavaliação”, explicou.

A Defesa Civil do município de Nossa Senhora do Socorro realizou a interdição de uma estrada no Guajará e no Beira Rio, no Parque dos Faróis, as águas do Rio Poxim transbordaram e atingiram cerca de 20 casas em aproximadamente 30 cm de altura. Os moradores da região precisaram deixar suas residências e foram alojados temporariamente no Centro Social do município.

BTambém foram registrados problemas na cidade de Lagarto, onde uma casa desabou e outras duas tiveram desabamento parcial.

Em Indiaroba, 10 famílias foram retiradas de casas situadas em área com risco de desabamento, devido à proximidade de um barranco.

As equipes da Defesa Civil Estadual e as coordenadorias municipais seguem em alerta, acompanhando as ocorrências registradas.

A população pode solicitar o apoio dos órgãos através do número 199 na capital, e no interior pelo número 193.

Por Laís de Melo/Equipe JC