15/07/2019 as 08:52

Instituto de Criminalística

Mais de 2,5 mil exames periciais feitos este ano

Desse total, quase 1.300 foram exames de balística forense.

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Mais de 2,5 mil exames periciais feitos este anoFoto: Divulgação

Após o concurso de 2014 para os quadros efetivos da Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp), iniciou-se uma nova forma de se pensar a dinâmica criminal no estado. Antes disso, apenas oito peritos criminais atendiam ocorrências nos 75 municípios sergipanos, uma média de um perito para cada 275 mil habitantes.


Atualmente, a realidade é um pouco menos assustadora. O Estado possui 61 peritos oficiais, sendo 46 peritos criminalísticos, 11 médico-legistas e quatro odontolegistas. Fazendo contas rápidas, para cada 37 mil habitantes existe um perito. Número que ainda preocupa.


Mesmo diante deste cenário, Sergipe contabiliza, apenas no primeiro semestre deste ano, 2.565 exames periciais realizados. Além disso, já foram emitidos 1.380 laudos feitos pelo Instituto de Criminalística.


“A partir de 2015, com o ingresso de novos servidores, o Instituto de Criminalística teve um incremento significativo na quantidade de peritos criminalísticos. Com isso, além de possibilitar um atendimento mais célere das demandas, foi possível dar maior qualidade no conteúdo dos laudos periciais”, ressalta o diretor do Instituto de Criminalística (IC), Luciano Homem.


Destrinchando os números fornecidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), foram realizados 416 exames periciais referentes a crimes contra a vida e 1.291 exames de balística forense.


O segundo maior chamado para a atuação dos peritos, nesse primeiro semestre do ano, foi para crimes contra o patrimônio. Ao todo, foram 324 exames e 124 laudos emitidos.


“A formalização para requisição de exames periciais acontece de duas formas. Uma delas é através de ofício encaminhado ao Instituto. A outra é através de chamado pelo sistema de rádio, onde o Ciosp ou as Delegacias realizam para atendimento de ocorrências pelas equipes plantonistas. Após o recebimento da demanda, os peritos realizam os exames periciais necessários e o resultado das análises são consignadas em um documento, que é o Laudo Pericial Criminal. Após a conclusão, o laudo e os materiais examinados são encaminhados para a autoridade requisitante”, explica o diretor do IC.


A perícia também foi acionada, nos seis primeiros meses do ano, para outras modalidades: documentoscopia (260 exames); identificação veicular (102); delitos de trânsito (80); computação forense (80); reprodução simulada de crimes (6); áudio e vídeo (3); crimes contra o meio ambiente (2) e engenharia forense (1).


Vale ressaltar que, para o cargo de perito criminalístico, o concurso exigiu formação de nível superior em sete áreas distintas, dentre elas, Ciências Contábeis e Economia, Engenharias, Computação, Farmácia e Biologia, Matemática, Física e Química.


A perícia criminal não condena e nem absolve, ela busca a verdade real dos fatos através da aplicação de métodos cientificamente comprovados. O trabalho da perícia tem sido fundamental para a Segurança Pública e, dentro desse contexto, colabora de maneira efetiva para a elucidação de crimes, evitando que inocentes venham a ser condenados de maneira equivocada.


Apesar de todo o quantitativo referente ao trabalho da perícia em Sergipe, o Instituto de Criminalística ainda funciona, desde setembro do ano passado, em um prédio improvisado no bairro São José, com uma estrutura aquém do necessário.


“Existe um planejamento para que o Instituto funcione em um prédio próprio, inclusive com grande apoio do atual coordenador geral de perícias, Nestor Joaquim, e do secretário de Segurança, João Eloy, tanto que a construção de um novo prédio foi incluída no Planejamento Estratégico do Governo”, finaliza o diretor Luciano Homem.

Por Diego Rios/Equipe JC