Pedidos de aposentadoria privada estão aumentando

A previdência privada é uma aposentadoria que não está ligada ao sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ela é complementar à previdência pública e pode ser feita por qualquer pessoa e em qualquer faixa etária. Nos planos de previdência privada, é possível escolher o valor da contribuição e a periodicidade em que ela será feita, é o que explica o advogado especialista em Direito Previdenciário, Hideraldo Moura.

Essa opção de aposentadoria privada tem, inclusive, crescido por conta das discussões acerca da reforma da Previdência, mas, segundo o advogado, é preciso entender que tanto a previdência pública e como a privada são distintas e não devem ser confundidas. “Há um equívoco quando o assunto é previdência privada e oficial. A pessoa que trabalha já tem como obrigação e direito garantido o recolhimento de parte do salário para a aposentadoria, caso ele queira aderir ao modelo privado, vai ter que fazer outra contribuição”, explica.

Moura orienta ainda que quem puder ter as duas, que tenha, pois é bom diversificar o capital e investir em coisas diferentes, mas antes de fazer isso o ideal é que procure uma pessoa que entenda sobre o assunto para ser orientado sobre o que é melhor a se fazer. Ainda de acordo com o advogado, cada caso precisa ser analisado individualmente para ver qual se encaixa com cada indivíduo.

“O melhor é conversar com alguém que entenda sobre o assunto, pesquisar, comparar, verificar qual se adapta melhor, quanto é preciso investir, quanto você quer ganhar, quanto quer receber depois de um tempo. Além disso, o valor investido em um plano de previdência privada pode ser resgatado pela pessoa se ela desistir do plano”, esclareceu.

Hideraldo Moura reforça ainda que não há como fugir de um deles, que é a oficial e que tem suas regras pré-estabelecidas e que outras estão sendo discutidas. “Claro que as regras da previdência não são tão brandas, mas se fazem necessárias. Vale lembrar que os benefícios da previdência oficial são melhores, como pensão por morte, auxílio-doença, licença-maternidade, auxílio-acidente etc. Enquanto na privada, para ter mais benefícios você precisa pagar por eles”, finalizou.

| Reportagem: Grecy Andrade

|| Foto: André Moreira/Arquivo JC