16/10/2019 as 15:32

OUTUBRO ROSA

Saiba como se prevenir do câncer de mama

Apesar da causa principal do câncer de mama ser considerada genética, 80% dos casos estão relacionados ao hábito de vida. Por isso que medidas simples podem ser adotadas e prevenir o câncer de mama

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A campanha do Outubro Rosa já se espalhou por todo o Brasil, chegando a Sergipe em diversas entidades, órgãos e empresas privadas. Se trata de um movimento de conscientização, prevenção e detecção precoce do câncer de mama, doença que atinge 29,5% das mulheres brasileiras e em 2019 foram estimados mais de 60 mil novos casos no país, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), com risco de 56 novos casos para cada 100 mil mulheres.

Em Sergipe, dezenas de mulheres enfrentam tratamentos quimioterápicos e de radioterapia contra os mais variados tipos de câncer, sendo o de mama o principal deles. Nos últimos anos houve aumento de índices em mulheres de 20 a 49 anos de idade, apesar de existir maior disposição ao desenvolvimento da doença entre mulheres com mais de 50 anos.

Segundo a Fundação do Câncer, quando o câncer de mama é detectado na fase inicial, a chance de cura é de 98%, reduzindo significativamente a necessidade de mastectomia (retirada dos seios), tão temida pelas mulheres. Por isso a Campanha do Outubro Rosa acontece todos os anos, desde 1990, para chamar a atenção das mulheres para a detecção precoce. 

Além disso, o câncer de mama também pode ser prevenido. A adoção de medidas simples no dia a dia pode reduzir a incidência da doença nas mulheres. Apesar da causa principal ser considerada genética, 80% dos casos estão relacionados ao hábito de vida, alimentos, medicamentos, ambiente de trabalho, fatores que alteram a estrutura genética (DNA) das células. Ainda de acordo com o INCA, as causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Se o fator genético exerce um importante papel na formação dos tumores, são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos.

Para se prevenir, as mulheres devem incluir na rotina diária algumas medidas simples. O autoexame, por exemplo, é uma maneira importante de a mulher conhecer o próprio corpo e perceber possíveis alterações. Também é importante ter acompanhamento regular com um profissional de saúde.

A prática de atividade física diminui em cerca de 1/3 os riscos de desenvolver câncer de mama. Apenas 30 minutos de exercício aeróbico, pelo menos três vezes na semana, pode ser o ideal para tornar a vida mais saudável e longe de doenças como o câncer de mama. Além disso, é importante cuidar da alimentação. Manter uma dieta equilibrada evita o sobrepeso e melhora a qualidade de vida.  De acordo com a Fundação do Câncer, alimentos industrializados, enlatados e conservados contêm agentes cancerígenos na composição e devem ser evitados.

“É o caso das carnes processadas, defumadas, curadas ou salgadas (carne de sol, charque e peixes salgados) e embutidos, como salsicha, linguiça, mortadela e salame.  Dê prioridade aos vegetais e coma pelo menos cinco porções ao dia de frutas, legumes e verduras. São alimentos ricos em vitaminas essenciais, sais minerais e fibras, além de substâncias antioxidantes que protegem contra a maioria dos tipos de câncer”, orienta a Fundação.

Cigarro também é um dos vilões para o corpo da mulher. São mais de 4 mil substâncias tóxicas que compõem o cigarro, levando a uma série de doenças, entre elas, o câncer. “O tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – 4,9 milhões pessoas (mais de 10 mil por dia) morrem todos os anos em decorrência do cigarro – e estima-se que 30% de todos os casos de câncer são devido ao tabagismo. Por isso, não fume e proteja-se da fumaça do cigarro. Deixar de fumar é uma das decisões mais importantes da vida de um fumante e para quem convive com quem fuma”, acrescenta.

Segundo dados do Inca, o consumo de bebida alcóolica causa entre 2% e 4% das mortes por câncer, sendo um dos fatores de risco para o desenvolvimento de diversos tumores, incluindo o de mama, principalmente se o uso for combinado com o tabaco.  “Além do câncer, o consumo de álcool está associado a mais de 200 tipos de doenças, entre cardiovasculares, mentais e hepáticas. Reduzir a frequência do consumo pode diminuir as chances de desenvolver a doença, mas a escolha mais saudável é não beber ou evitar ao máximo a ingestão de bebidas alcoólicas”, conclui a Fundação do Câncer.

|Foto: Reprodução