Na Rede Estadual, 70% dos professores de inglês têm ensino superior

De acordo com o Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2017, apenas 45% dos 62 mil professores de inglês na rede pública, têm formação superior na área de línguas estrangeiras. Paraná e Sergipe são os únicos estados com mais de 70% dos docentes habilitados em língua inglesa ou estrangeira moderna.

Apesar da presença dos professores de inglês ser grande em Sergipe, como mostra a pesquisa, o trabalho do professor nas escolas depende muito da realidade de cada estabelecimento de ensino, por isso, não se pode generalizar a educação do ensino da língua inglesa como sendo apenas boa ou ruim, pois as realidades diferem e muito.

“No tocante a avaliação, precisamos levar em consideração as diversas realidades de cada Instituição: quantidade de aulas por semana, recursos disponíveis no colégio, exposição do aluno à língua estrangeira fora da sala de aula”, aponta o professor de Inglês da rede pública, Celso Santos.

Ainda segundo o professor, os alunos se interessam muito pela língua estrangeira e, além do conteúdo gramatical que está no currículo escolar, ainda há abordagem sobre os aspectos culturais e sociais.

Questionado se os alunos conseguem sair da escola com uma boa bagagem da língua estrangeira, o professor diz que a resposta para essa pergunta perpassa pela experiência de aprender a tocar um instrumento musical. “A prática diária é imprescindível. Quanto maior a exposição do aluno fora da sala de aula, melhor será o processo de ensino-aprendizagem. O papel do professor é parecido com o de um guia”, acredita.

Celso também pontua que, em primeiro lugar, é provado cientificamente que aprender uma língua estrangeira é excelente para a conexões cerebrais, ativa pontos do cérebro. Segundo que permite diversas possibilidades: conversar com pessoas de outros países, ler livros estrangeiros bem como conhecer outras culturas e compará-las com a nossa. “É um processo importante para a formação do ‘eu’. Os alunos têm muito interesse em falar Inglês, é algo fascinante para eles. Todavia, existem outras habilidades que também são importantes: audição, leitura e escrita”, finalizou.

| Reportagem: Grecy Andrade

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