14/02/2020 as 11:55

MANIFESTAÇÃO

Centrais sindicais realizam ato em defesa do INSS

Os sindicatos lutam em defesa do Instituto, e pede pela realização de concurso público

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

“Só o concurso público pode salvar o INSS”, afirmou categoricamente o presidente do Sindicato dos Servidores da Previdência (Sindiprev), Joaquim Antônio Ferreira.

As filas enormes de espera para atendimento, os mais de 1 milhão de processos de aposentadorias aguardando para serem analisados, as centenas de trabalhadores prejudicados, tudo isso, na visão do sindicalista, poderia ser resolvido se houvesse concurso público e a chegada de mais servidores no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) em Sergipe e no Brasil.

O ato realizado na manhã desta sexta-feira, 14, na sede do Inss localizada na Avenida Ivo do Prado, em Aracaju, apontou exatamente isso. Ainda conforme Joaquim, em 2015 o Inss contava com mais de mil servidores públicos, onde atualmente esse número não passa de 280. Isso porque muitos se aposentaram, e não foi mais realizado concurso público. A demanda dos processos sobressaiu, e não foi mais possível colocar a situação em ordem.

“Temos 1,1 milhão de processos parados, e mais sete mil processos de auxílio doença. Só o concurso público pode salvar o INSS. Enquanto não acontece, nós propusemos que o Inss  convocasse os aposentados, os trabalhadores do Dataprev, para o quadro do Inss, porque assim poderíamos dar um gás e em seis meses poderíamos zerar essa fila”, disse Joaquim.

Na última reunião com a presidência do instituto, enquanto o sindicato apresentava a proposta, o presidente foi exonerado pelo presidente Bolsonaro, na mesa de negociação, conforme conta Joaquim. A categoria agora segue no aguardo do novo presidente para fazer a negociação.

As centrais sindicais reunidas no ato unificado, também apontaram o “culpado” pelo “caos no INSS”. O mote era “A Culpa é do governo, e não do trabalhador”.

“Esse ato está acontecendo em todo o país, porque as centrais estão chamando esse ato com o objetivo de mostrar que o caos do INSS, a culpa é do governo, que não tem investimento. Muitos servidores do INSS se aposentaram e não houve concurso público para substitui-los, o que acaba gerando um desatendimento à população. Aqui em Sergipe, muitos trabalhadores têm que esperar de três a quatro meses para serem atendidos. Isso acaba penalizando o trabalhador no momento que ele mais precisa, que é na hora da doença, da licença maternidade, da aposentadoria”, ressalta o vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Roberto Silva.

O superintendente do INSS falará sobre o assunto ainda hoje para falar à respeito do ato unificado dos sindicatos e as denúncias que foram feitas durante a manifestação. Logo mais, essa matéria será atualizada. 

|Reportagem: Laís de Melo

||Fotos: André Moreira