08/07/2020 as 08:56

PANDEMIA

Cerca de 2 mil bares e restaurantes não reabrirão

Além disso, cinco mil trabalhadores deverão perder seus postos de trabalho até o fim da pandemia

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Desde o início da pandemia da Covid-19 e da decretação de fechamento de estabelecimentos comerciais por parte do governo estadual, diversos setores da economia sergipana acumulam prejuízos incalculáveis e nunca vistos na história da economia mundial. Em Sergipe, um segmento parece sofrer além da conta: donos de bares e restaurantes já falam em aumento no número de demissões e também de encerramento das atividades após o período de pandemia.

De acordo com o presidente da Associação de Bares e Restaurantes de Sergipe (Abrasel/SE), Augusto Carvalho, cerca de cinco mil trabalhadores já foram ou serão demitidos até o fim da pandemia. Além desta conta, ele também aponta que cerca de dois mil bares e restaurantes não conseguirão retomar as atividades após esse período. “A gente calcula, pelo levantamento que estamos fazendo, que em torno de cinco mil empregados serão ou já estão demitidos. Além disso, de cada cinco bares pelo menos dois não vão mais reabrir.

Temos em torno de 5,4 mil bares e restaurantes no Estado e cerca de dois mil não devem retomar as atividades no pós-pandemia”, lamenta o empresário. Em relação aos novos protocolos que deverão ser adotados para receber os clientes durante a reabertura, o presidente da Abrasel avalia que o setor não terá dificuldades em cumpri-los, uma vez que diversos requisitos de segurança já são praticados no controle de vírus e bactérias. “Bares e restaurantes há mais de 15 anos, junto com a Abrasel, Senac e Sebrae, já trabalhava com o combate ao vírus e à bactéria, que é exatamente a contaminação, a contaminação cruzada dos alimentos. A gente tem esse embate com vírus e bactéria no nosso cotidiano. Só estamos aumentando esse embate e tomando as medidas recomendadas pelos órgãos. A própria Abrasel foi a primeira instituição no país a sair com o seu protocolo próprio”, afirma Augusto.

Ele vai além e detalha como será esse novo ambiente público. “Em relação ao protocolo, a gente coloca a questão do álcool em gel, a questão de asseios na parte de bancada, mesas e cadeiras. O que a gente pede mais é que o cliente ao entrar em nosso estabelecimento higienize o pé nos tapetes que vão estar na porta com produto para higienizar a sola do sapato para evitar a contaminação do ambiente, além do uso obrigatório da máscara, que só vai ser retirada na hora de fazer a refeição.

Os nossos colaboradores estarão usando, além da máscara, a viseira acrílica”, acrescenta o empresário. Por último, ele reafirma a importância de o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), escutá-los para que esse retorno traga o mínimo de impacto possível e que seja feito com segurança. “Desde que o governo escute a gente, que é o nosso pedido, já que temos experiência nessa atividade e podemos auxiliar, a gente quer que dê certo e que os bares e restaurantes abram com toda a segurança e preservando a vida, que é o mais importante.

Precisamos do cliente e gostaríamos que o cliente se sinta bem e ao mesmo tempo seguro”, finaliza Augusto Carvalho. Pelo visto, o diálogo entre a Abrasel e a Setur já vem existindo, é o que afirma o secretário de Turismo, Sales Neto. “Estamos dialogando constantemente com a Abrasel, instituição que representa os bares e restaurantes no sentido de apoiar a adesão deles no Selo do Turismo Limpo e Seguro, que vai ser muito importante para que possam voltar a operar no ‘novo normal’, assim que a diminuição da pandemia permitir o retorno das atividades”, explica o secretário.


|Da Redação do JC
||Foto: Divulgação