10/07/2020 as 11:23
GRUPO DE RISCOSaiba o que fazer para manter a saúde mental e física dos idosos durante o isolamento social
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O envelhecimento populacional é uma realidade crescente em todo o mundo e na América Latina é celebrado como uma das maiores conquistas da humanidade. Nos últimos anos, se percebeu um crescimento considerável na quantidade de idosos em idade bastante avançada. E com o novo coronavírus circulando pelo mundo, os mais velhos se tornaram um dos principais grupo de risco, preocupando a todos e causando uma certa angústia nas famílias.
O distanciamento social dos mais velhos se tornou uma obrigatoriedade, como forma de protege-los contra o transmissão da doença. Netos não podem mais ver seus avós, mães e filhos precisaram ficar distantes, e já se passaram cerca de três meses de isolamento.
De acordo com a médica geriátrica, Juliana Santana, a quarentena para os mais velhos traz a problemática do declínio físico, emocional e cognitivo. “Muitos idosos diminuem mobilidade, piora a fraqueza muscular, podendo ficar até acamado! Emocionalmente, eles estão muito fragilizados, com medo diante do risco iminente de adquirir a doença, e preocupados com todos. Percebemos aumento do índice de ansiedade e depressão. Em relação ao cognitivo, por falta do estímulo estão demenciando”, relata a doutora.
Uma das formas de diminuir os sintomas, a médica orienta que se crie uma rotina positiva, com horários definidos, focando nas áreas de autocuidado, exercício físico, de religião, lazer e social. “Essas duas últimas necessitam ser realizadas de maneira adaptada à tecnologia, via redes sociais, YouTube e telechamadas. Os estímulos são a solução: busca mobilizar dentro de casa, fazer os afazeres de casa, procurar fazer leituras, ler um bom livro, fazer artesanatos, arrumar fotos de família e ligar por vídeo para familiares e amigos”, orienta Dra. Juliana.
Algumas ações e serviços são realizados pela Secretaria Municipal da Assistência Social de Aracaju, voltados à população idosa em situação de vulnerabilidade social.
“Os atendimentos são realizados em diversas unidades, a exemplo das ações preventivas de violações de direitos nos 16 Cras, os atendimentos voltados à superação das violências sofridas pelos idosos através dos Creas e, quando necessário, o acolhimento institucional no abrigo Nalde Barbosa; bem como atividades socioeducacionais dentro dos territórios, como diálogos comunitários e ações de conscientização e prevenção”, aponta a secretaria.
Alguns serviços estão suspensos, mediante a necessidade de manter os idosos em casa, isolados socialmente, como medida de prevenção contra o coronavírus. “Citamos como exemplo os grupos de idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) dos Cras, que tiveram uma interrupção nos encontros devido ao momento. Porém, as unidades socioassistenciais da Prefeitura de Aracaju seguem fazendo o acompanhamento dos usuários através de visitas domiciliares e também à distância, por meio de ligações telefônicas e videochamadas. Os atendimentos são realizados com o intuito de monitorar possíveis vulnerabilidades. Os nossos assistentes sociais, técnicos de referência, educadores sociais e psicólogos estão se empenhando da melhor forma possível para continuar garantindo o atendimento a essa parcela da população”, reforça.
|Da redação do JC Online
||Foto: André Moreira