Apesar do número de mortes, cemitérios da capital não estão superlotados

O coronavírus já vitimou 1.182 pessoas no estado de Sergipe desde o início da pandemia. Um momento difícil para todas as famílias dos que morreram, já que diante do vírus, não é permitido velórios. O corpo é levado diretamente para o cemitério.

Apesar do grande número de mortes, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), responsável pela manutenção e administração de quatro cemitérios públicos da capital, afirma que o preenchimento dos túmulos está seguindo a mesma rotina. A única alteração é quanto à utilização dos Equipamentos de Proteção de toda a equipe que trabalha nos locais. Luvas, máscaras, longas mantas protetoras são obrigatórias.

“Todos os Epi's foram adquiridos, conforme orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, afirma a Emsurb.

Ainda conforme o órgão, não há abertura de covas nos cemitérios, bem como também não existe sepultamento horizontal no São João Batista, que possui atualmente 4.383 gavetas. Este é o único ativo em Aracaju. O cemitério ABC está inativo, bem como o Náufragos, no Mosqueiro, que conta com serviços de limpeza da Emsurb, e o Helena Alves Bandeira mantém atendimento restrito para quem já possui jazigo.

A Emsurb garante que não há superlotação em nenhum cemitério da capital. “Assim que o prefeito Edvaldo Nogueira tomou posse, começou um processo de regulamentação de sepultamentos e organização no São João Batista, inclusive, com a publicação de decreto estabelecendo regras para o seu funcionamento e portaria complementar. A partir daquela ocasião, além de outras medidas, o cemitério passou a receber sepultamentos só de pessoas residentes no âmbito do Município de Aracaju. Desta forma, mediante as regularizações e trabalho feito pela gestão, o SJB não apresenta problema de esgotamento ou superlotação”, ressalta a pasta.

Nos últimos três meses, o número de sepultamentos em Aracaju foi o seguinte: abril ocorreram 168 enterros, sendo somente um por Covid. Em maio, dos 174 corpos sepultados, 29 foram por coronavírus, e em julho, dos 291 sepultamentos, 102 foram de pessoas vítimas da nova doença.

Conforme explica a Emsurb, a prefeitura de Aracaju elaborou um plano de contingência funerária que abrange desde o manejo do corpo nas Unidades de Saúde até o sepultamento, que poderá ocorrer em cemitérios particulares ou públicos.

“A Secretaria de Estado da Saúde expediu normativa acerca do assunto, com recomendações para todas as situações. As funerárias, velatórios, cemitérios e afins também estarão prontos para atendimento, cada um com seus respectivos planos, conforme regras já estabelecidas. A Prefeitura, por meio da Emsurb, cumpre as regras emanadas pela Anvisa para sepultamentos. Para enterro é permitido 10 pessoas com as regras de distanciamento para evitar a aglomeração. O que não deve existir é velório”, aponta o órgão.

|Da redação do JC Online

||Foto: André Moreira