16/09/2020 as 11:13

PARALISACAO

Motoristas de aplicativos são alvos de assaltos com alta frequência em Aracaju

A categoria vai realizar um ato no próximo dia 30 de setembro para cobrar das plataformas mais segurança

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Os motoristas de aplicativos de todo o país realizarão no próximo dia 30 de setembro uma paralisação geral no atendimento das chamadas envolvendo as plataformas digitais que atuam com serviços de transporte de passageiros. O movimento é uma forma de cobrar das empresas melhores condições de segurança, justificativa para a retirada de motoristas da plataforma, e ganhos que não são suficientes para os trabalhadores se manterem.

O Sindicato dos Motoristas de Aplicativos de Aracaju (Simas), aderiu ao movimento, e segundo o presidente Tiago Passos, a paralisação ocorrerá entre 8h da manhã até às 14h, uma duração de cerca de seis horas. Uma das principais reinvindicações é para melhores condições de segurança, já que muitos assaltos estão sendo acontecendo. 

“No mês, gira em torno de 15 assaltos à motoristas de aplicativos em Aracaju. Dezembro do ano passado nós tivemos 32 carros assaltados. A falta de segurança está muito grande. Não vai haver carreata, apenas um off no serviço. Sei que é difícil para o motorista para de rotar, mas, peço que desliguem os aplicativos neste dia, porque se não fizermos isso hoje, amanhã, não terá mais o que fazer”, alertou Tiago. Ele também pede para que os clientes não utilizem o serviço neste dia durante o período de paralisação.

A categoria também estará cobrando das plataformas digitais justificativas acerca da retirada de motoristas da plataforma. Segundo Tiago, ocorre de o trabalhador ser banido do aplicativo sem que haja um motivo real, e para isso, eles querem justificativas cabíveis. 

“As plataformas estão fazendo escravos digitais. Tem motorista que roda de 12 a 16h por dia. Sem contar que, elas indicam um percentual de 0 a 40%, que deve ser pago pelo motorista ao aplicativo, mas, muitas vezes levam metade do valor da corrida. Como não tem fiscalização, acaba ocorrendo excessos. Tem novas plataformas chegando, que estão ainda piores. Por isso a necessidade da paralisação”, acrescenta Tiago.

|Repórter: Laís de Melo

||Foto: John Santana