25/02/2021 as 09:11

EMPRESAS

Abertura de empresas em Sergipe cai 9% em 2020

No entanto, empresariado consegue driblar crise e manter negócios abertos

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Já era de se esperar que em 2020 o número de abertura de novas empresas fosse menor do que os anos anteriores. Em Sergipe, a queda foi de 9% no comparativo entre 2020 e 2019. No entanto, apesar da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus, os empresários sergipanos conseguiram driblar a situação e manter as empresas abertas. De acordo com dados da Junta Comercial de Sergipe (Jucese), do dia 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2020, foram contabilizadas 4.231 mil novas constituições diante de 2.625 baixas. Muitos empreendedores realizaram alterações no ramo da atividade ou no capital social para não precisar fechar o negócio definitivamente.

Segundo a Jucese, esse tipo de modificação teve aumento de 5% no ano passado. Foram quase 10 mil alterações neste sentido, o que significa que o empresariado sergipano se adaptou à nova realidade imposta pela pandemia, conforme avalia a Jucese. “O cenário favorável fornecido pelo Governo do Estado através da Jucese, com o Portal Agiliza e a categoria 100% digital, também possibilitou que menos empresários fechassem as suas portas. Só em dezembro, as alterações e constituições realizadas apresentaram um aumento significativo considerando o mesmo período de 2019. Quase 400 novas empresas foram abertas, o que representa um aumento de 22% a mais em constituições”, aponta o órgão.

Mesmo com queda de 9% no número de novas empresas abertas no comparativo com 2019, a Junta Comercial avalia o cenário empresarial sergipano como positivo, diante da disposição de empreendedores em manter seus negócios ativos. “Mesmo com as dificuldades enfrentadas, o empresariado sergipano se manteve de pé, driblando os obstáculos e se adaptando à nova realidade”, conclui. Atualmente, Sergipe registra 57 mil empresas ativas no Estado. No levantamento feito pela Jucese, comparando os anos de 2020 com 2019, houve um crescimento de 0,8% no setor de comércio, representando um total de 37,3% constituições nessa categoria.

O setor de serviços, mesmo com a crise sanitária, registrou um saldo de apenas 0,58% a menos em relação ao ano anterior, apresentando um total de 58,84%. Já o setor de indústria, por sua vez, permaneceu em 4%. “Não tivemos reação positiva e nem negativa, o mercado continuou no mesmo patamar de 2019. Só isso já é uma vitória, levando em consideração um ano tão conturbado como foi 2020”, reconhece o presidente da Jucese, Marco Antônio Freitas.

Diante do número de 2.625 baixas, o assessor executivo da Fecomércio, Márcio Rocha, aponta encolhimento da atividade comercial em Sergipe. Na capital, por exemplo, não é difícil achar lojas com as portas fechadas, e a placa de vende-se ou aluga-se estampada na fachada. “O comércio perdeu uma quantidade considerável de lojas que não conseguiram se sustentar diante do fechamento provocado pela pandemia. A grande maioria era de empresas que não possuíam capacidade de sustentação por longo prazo fechadas, o que, infelizmente, provocou o fechamento. A rede “Aluga-se” cresceu muito nesse último ano, mas as empresas que conseguiram se manter mesmo fechadas estiveram com uma grande recuperação no seu volume de vendas, que desde agosto se encontra em elevação. O comércio sente o impacto mais diretamente porque está no final da cadeia produtiva, com o contato direto com o consumidor, e sem o consumidor para fazer compras, algumas lojas não suportaram isso”, avalia Rocha.

|Da redação
||Foto: Divulgação