18/05/2022 as 09:11

PAGAMENTO

Professores de várias cidades sergipanas cruzam os braços

Sintese cobra de prefeituras pagamento do piso do magistério

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Professores de várias cidades sergipanas cruzam os braços

Atraso de salários, falta de reajustes, más condições de trabalho e defasagem do piso do magistério têm levado professores de vários municípios sergipanos a cruzar os braços. Com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese), a categoria protesta por aumento salarial e atenção com as condições de trabalho. No primeiro dia de paralisação, professores das escolas municipais da Barra dos Coqueiros realizaram panfletagem e buscam apoio da população. Eles denunciam a falta de material didático, o gasto de dinheiro com livros defasadas, o atraso nas reformas das escolas, alimentação escolar insuficiente.

A categoria se queixa ainda da falta de compromisso da administração Alberto Macedo em respeitar os direitos do magistério e atualizar o piso para os valores de 2020 conforme diz a lei. Hoje, 18, os educadores realizam caminhada até a prefeitura. A concentração está marcada para às 8 horas na Galeria Gabes. Em Japoatã, a terça-feira foi de paralisação. Os professores começaram o dia com uma vigília em frente da prefeitura.

O magistério busca uma proposta para a atualização do piso para 2022 que cumpra a lei e não retire direitos da categoria. Às 17 horas, professores foram para a Câmara de Vereadores para cobrar diálogo com os parlamentares. Hoje, farão uma nova vigília na prefeitura. Os manifestantes afirmam que só saem de lá quando o prefeito Cláudio Dionisio, conhecido como “Careca da Samam”, receber a categoria e atender as reivindicações. A falta de diálogo e a falta de compromisso por parte da gestão municipal de Poço Redondo, segundo o Sintese, levaram os professores da rede municipal de ensino a paralisar suas atividades nesta terça-feira, 17.

A categoria cobra soluções da prefeita Aline Vasconcelos. A categoria realizou um ato às 9 horas, em frente a frente à prefeitura. A gestão municipal havia se comprometido com a categoria que até o dia 11 de maio agendaria uma nova audiência com o objetivo de abrir a negociação, elaborando proposta para o pagamento da atualização do piso salarial de 2022. No entanto, segundo o Sintese, nada foi apresentado. “A gestão municipal de Poço Redondo havia se comprometido com professores e professoras da rede municipal a marcar por meio de ofício, até o dia 11 de maio, uma nova audiência. Mas até a presente data o Sintese não recebeu nenhum ofício marcando a audiência. Por isso decidimos paralisar as nossas atividades”, afirma o coordenador geral do sindicato na região do alto sertão, professor Cleverton Santos.

Em Santana do São Francisco, a prefeitura negocia o pagamento do piso de 2018 para professores. Após negociação, a categoria conseguiu que a prefeitura negociasse o pagamento da revisão do piso salarial do ano 2018, o pagamento será feito ainda em maio. A administração municipal se comprometeu a abrir nova rodada de negociação no segundo semestre de 2022, para a atualização dos demais pisos salariais pendentes. Os professores estão recebendo o piso nos patamares de 2017, o que infelizmente confere ao município, da região do Baixo São Francisco, a reputação de ser um dos que pior remunera professores e professoras no estado, relata o sindicato. “Esperamos que as negociações avancem com a gestão municipal e que a gente consiga que os professores e professoras de Santana de São Francisco tenham seus direitos respeitados e o piso estabelecido nos patamares de 2022”, diz a coordenadora geral da subsede do Sintese na região do baixo São Franciso II, Alecsandra Alves.

Em Nossa Senhora Aparecida, a falta de proposta prefeita Jeane da Farmácia, de acordo com a categoria, para atualização do piso do magistério para 2022, fez com que os professores decidissem paralisar as atividades na próxima sexta, 20. Na semana passada aconteceu audiência com a gestão, mas nada por escrito foi apresentado. Os educadores decidiram paralisar as atividades e realizar ato em frente à prefeitura (com informações do Sintese).

|Foto: Sintese