24/03/2023 as 09:07

POLÍCIA

Polícia Civil detalha prisão do principal líder do tráfico de Sergipe

Operação ocorreu após monitoramento de 15 dias no Complexo de Comunidades da Maré, na Zona Oeste do RJ

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Polícia Civil detalha prisão do principal líder do tráfico de Sergipe

O Departamento de Narcóticos (Denarc) apresentou na manhã desta sexta-feira (24) durante uma entrevista coletiva, detalhes sobre a operação que resultou na prisão do principal líder do tráfico de drogas em Sergipe. Breno Vinícius Garção Martins, conhecido como "Breno Matuto" ou "Breno Hamster", foi preso no Rio de Janeiro após um monitoramento de 15 dias na comunidade da Nova Holanda, no Complexo de Comunidades da Maré, na Zona Oeste da capital fluminense. A ação policial ocorreu na quinta-feira (23).

O delegado Ataíde Alves, diretor do Denarc, destacou que Breno vinha sendo investigado por tráfico de drogas e comércio ilegal de arma de fogo e munições. “Tanto que, em 2021, foi presa uma mulher que trazia mais de mil munições do Rio de Janeiro. Ela, ao ser interrogada, confessou que foi Breno que mandou o material bélico para Sergipe. Ele danificou a tornozeleira eletrônica, fugiu e se escondeu no Rio de Janeiro”, revelo.

Ainda conforme o delegado, a operação ocorreu a partir da troca de informações com a Polícia Militar/RJ, a Guarda Municipal/RJ, Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE/RJ) e a Dipol/SE. “Então, conseguimos descobrir que ele estava entre as comunidades da Nova Holanda e do Parque União. Fizemos levantamento de campo e achamos uma casa que possivelmente seria a dele. Nossa ida ao Rio de Janeiro foi autorizada, e fomos ao estado para essa operação”, comentou Ataíde Alves.

Além do cumprimento dos dois mandados de prisão que havia contra Breno Vinícius Garção Martins, também foi registrada a prisão em flagrante dele no âmbito do Rio de Janeiro, já que ele foi detido com drogas, um fuzil calibre 5.56 e uma pistola calibre 9mm. “Então ele foi autuado pelo porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, trafico de drogas e associação criminosa”, revelou Ataíde Alves.

O delegado Rafael Kaufer, que acompanhou a operação no Rio de Janeiro, citou que com a localização da residência e confirmação visual, foi articulada a deflagração da ação policial. “Foi uma operação que contou com três veículos blindados e cerca de 40 policiais do Bope, além da nossa equipe do Denarc. Foi uma operação cirúrgica, e não houve danos à comunidade”, detalhou.

Ataíde Alves concluiu mencionando que o cerco das forças de segurança pública nos estados têm resultado na fuga de criminosos para o Rio de Janeiro. “É um fenômeno que está ocorrendo no Rio de Janeiro, porque são investigados nos estados e, em algumas comunidades, eles se sentem mais à vontade para comandar o tráfico de drogas a distância”, finalizou o diretor do Denarc.