24/05/2024 as 08:34

MONITORAMENTO

Aracaju se prepara para situações climáticas adversas

Em tempos de eventos climáticos extremos, a capital sergipana emerge como cidade preparada para enfrentar de modo resiliente as situações adversas.

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Aracaju se prepara para situações climáticas adversas

Em tempos de eventos climáticos extremos, a capital sergipana emerge como cidade preparada para enfrentar de modo resiliente as situações adversas. Por meio de um inédito Plano de Resiliência, elaborado pela Prefeitura Municipal, Aracaju tem se destacado na prevenção e enfrentamento de possíveis desastres naturais, tornando-se um modelo a ser seguido em todo o país, principalmente por conta de investimentos robustos em infraestrutura básica e drenagem pluvial de comunidades inteiras, além de novas tecnologias para o monitoramento do clima em tempo real. O Plano de Resiliência de Aracaju está vigente desde 2017 e válido até 2024.

A iniciativa, coordenada pela Defesa Civil Municipal, órgão vinculado à Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), tem participação efetiva da sociedade e reúne um cabedal de dados, numa cooperação multidisciplinar, abrangendo todos os setores da administração, como política habitacional, saúde pública, meio ambiente, educação, comunicação, cultura, política social, engajamento cidadão, segurança alimentar, esporte e lazer, recursos humanos, transporte, dentre tantos outros, em nome do relevante propósito da melhoria das condições de resiliência da cidade. Inspirado em marcos regulatórios internacionais, chancelados pela ONU (Organizações das Nações Unidas), o plano aracajuano visa dar resposta imediata aos eventos adversos e proporcionar à população condição de seguir com suas rotinas mesmo diante de momentos intempestivos. Conforme observado em dados meteorológicos, tem ocorrido nos últimos anos um aumento das precipitações em Aracaju, batendo recordes no volume pluviométrico a cada ano.

Nos anos de 2019 e 2020, por exemplo, os pluviômetros da cidade mediram chuvas acumuladas anuais de 1.808 mm e 1.856 mm, respectivamente, quando o previsto, de acordo Instituto Nacional de Meteorologia, era de 1.300 mm, com base na média histórica da cidade. Esse aumento, aliado à topografia da cidade e à concentração populacional em áreas de risco, demanda do poder público o planejamento prévio das ações de resposta aos eventos adversos. Nesse sentido, a Prefeitura criou o Plano de Contingência, possibilitando a redução dos impactos das chuvas e outros eventos adversos, visando, de forma breve, o retorno à condição de normalidade.

Outro ponto inovador do Plano consiste na formação do Comitê de Gerenciamento de Crise no Nível de Alerta, permitindo a adoção de respostas ainda mais efetivas e coordenadas para a minimização dos efeitos das chuvas em áreas consideradas críticas do município. Todas as ações são executadas em sincronia entre secretarias e órgãos municipais.