30/04/2025 as 15:49
PROJETO APROVADOTiradentes TechPark foi aprovado em um edital de financiamento da Finep e será formado ao longo dos próximos cinco anos
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O Grupo Tiradentes começa a dar mais um passo decisivo em sua consolidação como um ecossistema de ciência, tecnologia, inovação, educação e empreendedorismo. A partir deste ano, ele irá implementar em sua sede, no Campus Farolândia, em Aracaju, o Parque Tecnológico Tiradentes, também chamado Tiradentes TechPark (TTP). Ele é formado a partir da parceria entre a Universidade Tiradentes (Unit), o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), o Tiradentes Innovation Center (TIC), a Agência Sergipe de Desenvolvimento (Desenvolve-SE) e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SE).
O projeto de implementação do Tiradentes TechPark acaba de ser aprovado em uma chamada pública aberta pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O resultado final foi divulgado nesta quarta-feira, 30, pela Finep. Este edital foi criado com o objetivo de incentivar a criação e/ou consolidação de parques tecnológicos e ecossistemas de inovação em Sergipe e outros seis estados, reduzindo as assimetrias regionais e incentivando o desenvolvimento. Por esta iniciativa, a implantação do TTP terá um financiamento de R$ 12.075.486,99 em recursos não-reembolsáveis, com prazo de execução de cinco anos.
“O TTP tem como missão ser um catalisador da transformação econômica de Sergipe, que por anos esteve dependente da exploração de commodities como petróleo e gás, impulsionando a transição para uma economia baseada em conhecimento e inovação, fomentando startups, atraindo empresas de alta tecnologia, formando e retendo talentos, e desenvolvendo soluções inovadoras”, define o diretor-executivo do Tiradentes TechPark, professor Denisson Salustiano dos Santos.
Esta transição se dará por meio da atração de empresas de alta tecnologia e outras de setores intensivos em conhecimento para Sergipe, bem como do fomento à criação e desenvolvimento de startups a partir das capacidades em educação, pesquisa e tecnologia no Ecossistema Tiradentes e no sistema de inovação de Sergipe. Segundo o professor Denisson, o TTP terá quatro vocações de atuação: energias para a transição energética segura e descarbonização da economia; biotecnologia para saúde, bem-estar e agropecuária; tecnologias da informação e comunicação para a indústria 4.0; e tecnologias da educação do futuro.
“Ele irá atuar em conjunto com o setor público e o setor produtivo de Sergipe, potencializando o conhecimento e as tecnologias desenvolvidas pelo Ecossistema Tiradentes, através dos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação. Suas principais metas são a atração de empresas-âncora nessas áreas, o fomento e apoio à criação e desenvolvimento de startups e spin-offs, a formação e retenção de talentos, e a interiorização da inovação, conectando o estado de Sergipe aos ecossistemas nacionais e internacionais do ramo”, afirma Salustiano.
A expectativa é de que, ao longo dos próximos cinco anos, o parque tecnológico venha a sediar dezenas de empresas locais, nacionais e internacionais, entre empresas-âncora, scaleups (startups em estágio de ampliação de sua operação) e startups incubadas no próprio ecossistema.
O Tiradentes TechPark (TTP) será integrado por cinco instituições parceiras, que vão partilhar a governança da nova unidade. A Desenvolve-SE, vinculada ao Governo de Sergipe; e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-SE), ligado à Federação das Indústrias de Sergipe (Fies), vão participar do gerenciamento e da construção de oportunidades no âmbito do TTP, alinhando suas ações e estratégias com as metas, demandas e planejamentos definidos respectivamente pelo Estado e pelo setor industrial privado.
Ainda em fase de implementação, ele irá combinar a infraestrutura já existente do ITP, da Unit e do Tiradentes Innovation Center (TIC), integrando estes espaços e criando novas áreas para atender às demandas de empresas e startups residentes. Entre eles, estão espaços de coworking, salas de reunião, auditórios equipados, laboratório de prototipação (Tiradentes Fab Lab), laboratórios de pesquisa do ITP e um prédio empresarial que será utilizado para abrigar empresas.
Para além da estrutura disponível e de sua futura ampliação, o novo parque contará ainda com um amplo potencial tecnológico resultante dos ativos das instituições componentes do Ecossistema Tiradentes. O ITP tem um portfólio tecnológico com patentes depositadas em diversas áreas. A Agência de Gestão de Inovação e Tecnologia (Agitec), ligada ao ITP, é especializada em serviços de consultoria e proteção intelectual. O TIC entra com seus programas de incubação e aceleração, mentorias e eventos, além de parcerias com grandes empresas de tecnologia. A Unit, através dos seus cursos de graduação e pós-graduação, forma um grande número de profissionais qualificados nos segmentos de tecnologia, engenharia e outras áreas relacionadas à inovação. E os alunos são os atores principais de todo o ecossistema, compondo a massa crítica geradora de tecnologias e negócios inovadores”.
O TTP abre ainda possibilidades para contratos, convênios e parcerias estratégicas com outras organizações. Elas podem se concretizar por meio do apoio a projetos de pesquisa científica e tecnológica, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) e da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), bem como da realização de serviços, projetos e treinamentos para empresas como Petrobras, Petrogal, Suape Energia, Banese, Cencosud, Energisa, Fortinet, Google Cloud, Ambev, AWS e Santander, entre outras, as quais já têm parcerias firmadas com as instituições do Grupo Tiradentes.
Ascom Grupo Tiradentes