13/10/2025 as 10:22
PROFESSORESMobilização será nos terminais de integração da capital e da Grande Aracaju
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A decisão de suspender as atividades por um dia, nesta segunda-feira, 13, foi tomada por professores da Rede Estadual de Ensino em assembleia da categoria, ocorrida na última quinta- -feira, 9, no Cotinguiba Esporte Clube, em Aracaju. Na segunda-feira, a mobilização iniciará logo cedo, às 5h30 da manhã, nos terminais de integração da capital e da Grande Aracaju, onde professores farão panfletagem para dialogar com a sociedade sobre os motivos da paralisação. Logo após, às 8h, ocorre uma concentração em frente à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).
O Sintese afirma que a decisão parte da “ausência de proposta e de uma ação efetiva por parte do Governo do Estado para a reestruturação do triênio, vinculado ao vencimento”. De acordo com a entidade, “o triênio não é vantagem, não é aumento ou privilégio. É um direito que valoriza o professor pelo tempo prestado à educação. A cada três anos, os professores tinham um acréscimo remuneratório, o que fazia do triênio um adicional fundamental na garantia de valorização dos professores”. O adicional de triênio foi congelado em 2022, pelo então governador Belivaldo Chagas. Desde o início de 2025, o Sintese tem participado de diversas audiências com o governador e com as secretarias de Estado da Educação, Fazenda e Administração, com o propósito de buscar a construção de uma proposta, dentro da viabilidade financeira, que assegure a retomada do triênio para os professores da rede estadual, “mas não de maneira rebaixada”.
O Sintese argumenta que o governador Fábio Mitidieri teria afirmado publicamente que dispunha de um limite de R$ 70 milhões anuais, por um período de três anos, para a restauração do triênio. O sindicato construiu uma proposta com base nesse valor apontado pelo governador e buscou aprofundar estudos técnicos e financeiros sobre o impacto na folha de pagamento da Secretaria de Estado da Educação e do Sergipe Previdência, comprovando, de acordo com o sindicato, a viabilidade da restauração do adicional do triênio vinculado ao vencimento, sem comprometer o orçamento estadual.
Os dados levantados pelo Sintese, prossegue a entidade sindical, dentro do seu estudo e da proposta apresentada, sempre foram próximos ou iguais aos estudos realizados pela Secretaria de Estado da Administração (Sead), “não sendo contestados em nenhum momento”. No entanto, aponta o sindicato, até a presente data nenhuma resposta foi dada pelo Governo do Estado. “O que esperamos, neste momento, é o envio do projeto de lei para a Assembleia Legislativa de Sergipe, retomando o direito do triênio, assegurando o nosso direito. Apresentamos uma contraproposta dentro do limite financeiro de R$ 70 milhões por ano, durante três anos, seguindo o que foi apontado pelo próprio governador. O que não dá mais é essa indefinição sem fim. Precisamos de resposta concreta”, afirma o presidente do Sintese, professor Roberto Silva