25/06/2019 as 08:43
ARTIGOSUm pleito eleitoral a cada dois anos encarece o processo de disputa, paralisa economicamente o país e tende a ampliar a divisão entre os brasileiros.
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Faltando 16 meses para as eleições municipais de 2020, os políticos sergipanos continuam falando intensamente sobre o assunto, mas insistem em afirmar que ainda é cedo e que 2020 será tema em 2020. Seria natural se assim fosse. Mas não é. No Brasil, termina uma eleição e os cenários começam a ser avaliados para a outra, que acontece dois anos depois.
Desde que terminou a disputa de 2016, quando Edvaldo Nogueira (PCdoB) foi eleito prefeito de Aracaju, fala-se do pleito que acontecerá em 2020 e os nomes disponíveis para esse novo processo. Belivaldo Chagas foi reeleito governador em 2018 e desde então a sua sucessão está nas conversas de bastidores, nos zaps da vida e nas ruas dos 75 municípios sergipanos.
Unificar o processo eleitoral deveria ser a meta do Congresso Nacional. Um pleito eleitoral a cada dois anos encarece o processo de disputa, paralisa economicamente o país e tende a ampliar a divisão entre os brasileiros, um fenômeno que está cada vez mais acirrado.
Os próprios políticos, que optaram por fazer eleições a cada dois anos, a pretexto de que escolher entre tantos nomes, de vereador a presidente, dificultaria o processo de votação e motivaria muitos votos nulos e brancos, hoje se queixam dos custos de campanha e dão sinais de que o melhor para o Brasil seriam os enfrentamentos políticos a cada quatro ou cinco anos.
Também insistiram na ideia de que seria salutar a disputa a cada dois anos para que os brasileiros fossem às urnas, consolidassem o processo democrático e aprendessem a escolher o melhor para o Brasil.
Agora os políticos perceberam que foi tudo um erro e que é preciso alterar a agenda eleitoral do país com uma certa urgência. É bom que se faça isso e que a medida seja adotada em caráter definitivo. Mudar vai ser bom para o Brasil e para os brasileiros.