17/07/2018 as 14:13

Cultura

Maracatu de Chico Rei com Coro Sinfônico será destaque da programação da Orsse

Concerto, que tem como título "Raízes Brasileiras", será realizado nesta quinta-feira, 19.

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Maracatu de Chico Rei com Coro Sinfônico será destaque da programação da OrsseFoto: Pritty Reis/Secult

Nesta quinta-feira, 19, a partir das 20h30, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) sobe ao palco do Teatro Tobias Barreto em concerto com temática especial. Com a participação de seu Coro Sinfônico e regência do maestro Guilherme Mannis, o grupo realizará de forma inédita no Estado o “Maracatu de Chico Rei” do compositor brasileiro Francisco Mignone (1897-1986), bailado simbólico de resistência negra à escravidão. Os ingressos, a preços populares, já estão disponíveis nas bilheterias do Teatro Tobias Barreto.

“O bailado “Maracatu de Chico Rei” inspira-se simultaneamente na famosa história da construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, situada em Villa-Rica (hoje Ouro Preto), e nas festas negras que se originaram no período da escravatura. Diz a história que a Igreja de Nossa Senhora do Rosário foi erguida por negros libertos, sob a liderança do antigo escravo Chico Rei, e por isto este episódio é um motivo particularmente importante na história da resistência negra contra os seus dominadores brancos do período colonial”, explica o maestro Guilherme Mannis.

O Concerto, intitulado “Raízes Brasileiras”, será realizado em parceria com a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Sergipe (Osufs). Na ocasião, Sergipe também será destaque com a apresentação da peça “A Terra do Rei”, da compositora sergipana Thaís Rabelo. “Mestre em música pela UFBA, professora da UFS e harpista da Orsse, Thaís concebeu um poema coral-sinfônico que aborda a gênese do povo sergipano, desde os tempos da colonização até os dias de hoje”, conta o maestro. Completa o programa a Suíte nº1 para Orquestra de Câmara de Heitor Villa-Lobos (1887-1959).

Sobre o Coro Sinfônico da Orsse

Criado em 2005, trata-se de um dos mais destacados grupos vocais nacionais, sob a direção do maestro Daniel Freire. A partir de 2011, a preparação técnica e vocal do Coro Sinfônico vem sendo realizada pela soprano Verônica Santos, que desde então desenvolve um trabalho específico com aulas de canto para os membros do coro, proporcionando um significativo crescimento vocal do grupo. O Coro Sinfônico executou integralmente, com a Orquestra Sinfônica de Sergipe, obras como a "Nona Sinfonia" e a "Fantasia Coral" de Beethoven, a cantata "Carmina Burana" de Orff, "Nänie" de Brahms, o "Choros nº 10" de Villa-Lobos, o "Messias", de Händel, a "Missa de Santa Cecília" do Pe. José Maurício Nunes Garcia, o "Te Deum" de Bruckner, a "Missa Nelson" de Haydn, além das óperas “Orfeu e Euridice” de Gluck, "La Bohème" e "Tosca" de Puccini e "Aida" de Verdi. Em 2017, destacaram-se as estreias, no Brasil, da Missa em dó menor de Schumann e mundial, do poema sinfônico “A Terra do Rei”, de Thais Rabelo (harpista da Orsse). Esteve sob as batutas dos maestros Guilherme Mannis, Daniel Nery, Marcelo de Jesus e Isaac Karabtschevsky.