25/02/2019 as 09:33

Passarela do artesão

Artesãos reclamam da falta de estrutura

Os 93 artesãos que trabalham na Passarela do Artesão, localizado na Orla de Atalaia, estão na bronca com a Secretaria de Estado do Turismo.

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Artesãos reclamam da falta de estrutura

Os 93 artesãos que trabalham na Passarela do Artesão, localizado na Orla de Atalaia, estão na bronca com a Secretaria de Estado do Turismo. É que, segundo eles, apesar de pagarem R$ 125 mensalmente ao órgão estadual, eles não encontram a estrutura necessária para trabalhar: falta limpeza regular, iluminação, segurança e divulgação da feira para atrair os turistas.

A artesã Eguinélia Sousa Santos conta que os comerciantes do local, além de pagar a Secretaria, ainda precisam desembolsar dinheiro para pagar contador, advogado, segurança, zelador e ainda fazer a divulgação da área. E que por conta do baixo movimento, muitos não estão tendo o dinheiro para arcar com tudo, por isso, cobram do governo do estado a limpeza e a segurança do local.


“A gente não tem dinheiro para bancar tudo. Tem artesão que não está vendendo bem. Aí a gente paga a cada quinze dias ou uma vez na semana uma pessoa para limpar o local. O banheiro, por exemplo, fica muito distante daqui. Os turistas ficam com medo de ir sozinhos, aí a gente os acompanha”, explica.

Outro problema, segundo a artesã, é a falta de divulgação do espaço. “Quando temos dinheiro nós fazemos um panfleto e pagamos uma pessoa para fazer panfletagem, mas o governo deveria nos dar apoio nessa divulgação, foi o que ficou acordado quando viemos para cá. Além disso, como aqui é escondido, até os próprios aracajuanos não sabem que existe esse espaço, não temos como concorrer com as feiras que vão acontecer aqui. Esse mês vai ter uma na praça de eventos da orla e outra aqui próxima ao Oceanário. Então, apesar de ser um mês de movimento, não vamos conseguir competir com essas feiras que irão ocorrerão aqui”, lamenta.

Ao JORNAL DA CIDADE, a “Secretaria de Estado do Turismo informou que lamenta a proporção que o ocorrido ganhou, pois no início desta semana prestou esclarecimentos e apresentou documentos a uma emissora local. Toda atividade comercial em espaço púbico é exigida a regularidade no cumprimento de suas atividades e obrigações perante o poder público, conforme consta em seu termo de permissão de uso de espaço público. Quando a mudança destes artesãos aconteceu, ao saírem do Centro de Arte e Cultura J. Inácio para a área próxima da pista de Skate da Orla, a Emsetur concedeu todo apoio logístico como Pórtico de Entrada, placas de sinalização na via pública, iluminação, cedeu a chave de um dos banheiros da pista de skate, panfletos com informações do espaço e a apresentação desse roteiro ao trade e aos guias de turismo.

No entanto, o turista quando chega em Sergipe busca novidade e criatividade. Sendo assim, ofertar novos atrativos além do artesanato seria uma forma de atrair um público exigente que de certa forma procura roteiros que agregam culinária, artesanato e apresentações artísticas e mais lojas abertas. Outro ponto que deve ser destacado é de que em momento algum, a atual gestão do secretário Manelito Franco Neto foi procurada para alguma reunião baseada no pleito destes artesãos”, informou.