Espaço de conhecimento, arte e público

Foto: Guilherme Prata

Mais de 60 obras de 31 artistas aquarelistas, entre argentinos, brasileiros, espanhóis e integrantes da Associação Brasileira de Aquarela (ABA) e da International Watercolor Society (IWS-Brasil), estão em cartaz no III Festival de ‘Aquarelas: Traduzindo Sonhos’, que acontece na Galeria Álvaro Santos, até o dia 26 de agosto. O evento é mais um colecionado à movimentação artística no espaço que, fundado em 26 de setembro de 1966, na praça Olímpio Campos, no Centro de Aracaju, expõe obras de arte de artistas sergipanos em início de carreira; abriga também acervo de grandes nomes das artes plásticas do estado e recebe também exposições de tantos outros artistas.

Num cronograma direcionado à circulação de mostras, a cada dois meses, a galeria cede espaço para receber nova obras e abre as portas para a visitação do público. O festival aberto no último dia 5, para além da mostra de trabalhos de artistas nacionais e internacionais, também promoverá um workshop para apresentar melhor a técnica da aquarela ao público, no dia 17 de agosto.

“Resolvemos trazer essa exposição para Aracaju porque amamos a cidade e temos uma profunda admiração pelo trabalho da Galeria Álvaro Santos aqui na capital”, afirma o idealizador do festival e curador da exposição na Região Nordeste, Luiz Neto.

E para aos novos nomes e talentos para a arte, é na cinquentenária galeria que o artista tem, no ‘Salão dos Novos’, a oportunidade de ocupar espaço, exibir obras, tonar-se conhecido pelo público. É no mês de março que ele acontece, a partir da publicação de edital que estabelece as regras do processo seletivo de ocupação.

“O artista deve entrar em contato com a diretoria da Galeria e apresentar três obras. Depois, três curadores de arte sergipanos, convidados por nós, avaliam as obras apresentadas com base em alguns critérios, e decidem se o artista está apto a expor seu trabalho na Galeria. Fazemos a exposição de até três artistas distintos nesse período”, explicou o diretor da Galeria Álvaro Santos, Luiz Adelmo Soares.

A ratificação da importância como espaço de exposição e visitação de público, bem como de (re) descoberta de talentosas expressões artísticas, é personificada em exemplos dos artistas plásticos Fábio Sampaio e Elias Santos que, hoje consagrados e com trabalhos conhecidos dentro e também fora do país, já expuseram obras no Salão dos Novos.

Além do Salão dos Novos, a Galeria Álvaro Santos realiza mais três exposições todos os anos. A Coletiva Junina, que acontece no mês de junho, o Salão de Fotografia realizado em setembro, que foi criado em 2011, na primeira gestão do prefeito Edvaldo Nogueira em homenagem aos 45 anos da Galeria.

E ainda dentro da programação anual do espaço, Luiz Adelmo destaca que durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, acontece a exposição chamada Panorâmica de Artes Plásticas de Sergipe. “No intervalo dessas exposições, como a próxima, o III Festival de Aquarelas, apresentamos ao público algumas obras do nosso acervo, formado por 450 peças de artistas sergipanos e de outros estados”, afirmou Luiz Adelmo Soares.