02/09/2019 as 09:55

Educação e sociabilização

Reformulação da Escola de Artes Valdice Teles expande oferta de cursos

Na mais recente abertura de vagas, um dos cursos mais procurados foi o de acordeon.

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Reformulação da Escola de Artes Valdice Teles expande oferta de cursosFoto: Edinah Mary

Importante espaço de fomento a novos artistas, a Escola de Artes Valdice Teles tem sido um espaço de destaque no Planejamento Estratégico da Prefeitura de Aracaju, evidenciando a importância da cultura enquanto instrumento de educação, inclusão e sociabilização. Foi com esse objetivo que a unidade de artes passou por uma reorganização de espaços, cursos e público.


Dentro desse processo de reformulação, está o empenho da gestão municipal em expandir o acesso aos cursos da Escola de Artes e, consequentemente, fazer com que a oferta, de fato, chegue à população de toda a cidade. Com isso, destaca o presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), Cássio Murilo Costa, houve um aumento exponencial de alunos na Valdice Teles.


“Abrimos novas vagas na escola no dia 13 de agosto e somente nas primeiras 48 horas foram mais de mil inscritos. Ao todo, foram mais de 1.700. Isso representa um aumento muito significante de pessoas interessadas em desenvolver sua aptidão artística e demonstra também que a reformulação pela qual a unidade está passando tem atraído mais alunos”, afirma Cássio Murilo.


Outro ponto destacado pelo presidente da Funcaju foi a necessidade de descentralizar as atividades. “No início da gestão tínhamos como uma das metas fomentar as atividades no Centro da cidade, aquecer a região por meio, também, da cultura. Assim, veio o Ocupe a Praça, o Quinta Instrumental. Mas aí estamos falando da produção, do produto em si que é apresentado, mas nosso intuito era expandir a formação para que, consequentemente, tivéssemos mais produção. Neste processo, entendemos que deveríamos partir do centro, no caso a sede da Valdice, e distribuir cursos nos extremos da cidade”, ressaltou.


Foi a partir do pensamento de expansão que surgiu a proposta de ofertar os cursos da Valdice nos Centros de Arte e Esportes Unificado (CEU), nos bairros Olaria e 17 de Março. Em 2019, as inscrições para os cursos nestes locais foram encerradas em junho. “Fizemos um trabalho de chamamento, mesmo, para incentivar os moradores dessas regiões. Dessa forma, alinhamos nossos objetivos. Partimos do Centro e chegamos a duas localidades que ficam em lados opostos da cidade, ou seja, com isso temos a ideia de efervescer a procura por formação artística de maneira amplificada, por toda a cidade”, explica o presidente da Funcaju.


Todo o processo de inscrição, tanto para os cursos e oficinas da sede como dos CEUs é realizado no Mapa Cultural de Aracaju. “Este é outro ponto que vejo como um avanço, afinal se trata da modernização do acesso. As pessoas interessadas têm acesso às informações, editais e às inscrições em um mesmo espaço na web e de forma simples e facilitada. Caso a pessoa não tenha acesso a um computador ou internet, na sede da Valdice é possível ter isso disponibilizado”, salientou Cássio.

Fomento à cultura
Na mais recente abertura de vagas, um dos cursos mais procurados foi o de acordeon, instrumento fortemente ligado à cultura nordestina. O presidente da Funcaju admite que foi uma grata constatação, visto que a população tem procurado desenvolver habilidades de intenso significado regional.


“Isso se conecta muito a outro processo que estamos passando que é a Rede Cidades Criativas da Unesco, a qual estamos concorrendo na categoria Música, justamente por possuirmos uma rica diversidade musical, principalmente ligada à raiz do forró, que é a expressão musical mais forte do nosso Estado. Então, ao abrirmos vagas para o curso de acordeon e este ter tido uma grande adesão, nos levou a acreditar que estamos no caminho certo”, frisou.


O conjunto de movimentos voltados para a cultura integra de maneira consistente aquilo que prevê o Planejamento Estratégico e o rumo o qual a gestão tem trabalhado para desenhar em Aracaju, transformando-a numa cidade inteligente, humana e criativa.


“Tudo se integra. Com o Mapa Cultural utilizamos a tecnologia para nos ajudar na construção de uma cidade inteligente, que se conecta. Humana porque estamos formando pessoas, incentivando o fomento à nossa cultura, ao que é de nossas raízes. Criativa porque agrega, estimula. Estamos evoluindo, mas buscamos a nossa memória cultural a partir da arte, da música tradicional para fortalecer a autoestima do nosso povo. É preciso que tenhamos esse sentimento de pertencer, de admiração pelo que é de nossa gente. Como diz um dos nossos materiais: se a cidade tem uma alma, a cultura é a alma da cidade”, completou Cássio Murilo.