25/08/2021 as 08:56

LEITURA

Um manifesto epistolar à amizade em pleno Século XXI

A obra tem o selo da Criação Editora e foi contemplada pela Lei Aldir Blanc, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap)

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Um manifesto epistolar à amizade em pleno Século XXI

Amanhã, 26, a partir das 17h, Glória Costa e Thays Ricarte lançam o livro “O amor, el autentico estado de Anarquía”, na Galeria Mário Brito. Escrita em português e casteliano, a obra apresenta os relatos da íntima e verdadeira troca de afetos e confidências de duas amigas se correspondendo em países diferentes, num manifesto à amizade e ao prazer pela escrita que descobriram enquanto alimentavam essa relação além-mar. A obra tem o selo da Criação Editora e foi contemplada pela Lei Aldir Blanc, através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap).

As duas autoras são servidoras públicas, mas amantes declaradas da arte nas mais diversas expressões. Glória Costa teve uma passagem marcante pela política, quando foi uma das mais jovens prefeitas do Brasil, exercendo dois mandatos, dos 21 aos 28 anos, no Município de Moita Bonita. Depois, ela foi se apaixonando cada vez mais pela arte, descobriu o talento da escrita, transformado em poesias, crônicas, canções e roteiros; e pela música. Formou o Nanã Trio, com Rebecca Melo e Lygia Carvalho, e se integrou ao projeto de difusão cultural “Rural do Forró”, do amigo Bob Lelis. Glória não esconde a emoção diante do lançamento da primeira obra. “É muito emocionante ver nossa amizade THAYS RICARTE E GLÓRIA COSTA estreiam juntas na escrita Divulgação registrada nas páginas desse livro. Os textos foram produzidos de forma muito natural num período aproximado de cinco anos, retratando um longo período de compartilhamento de emoções, sentimentos e parceria que manteve a nossa amizade ainda mais linda, mesmo à distância. Quando a gente viu o que poderia nascer dali, pensamos em transformar em livro, como uma oportunidade de externarmos nossas angústias, medos, loucuras, devaneios. Espero que possamos tocar cada leitor, como essa história nos toca”, disse.

Thays também passeia pela vida transitando entre mundos. Servidora do Judiciário, ela passa dos estudos acadêmicos à poesia, à música e à literatura com a mesma desenvoltura, porém, com ainda mais paixão. Desenvolveu trabalhos na área jurídica, com destaque para o Direito Ambiental, em estudos na Universitat Rovira i Virgili, em Terragona, na Espanha – onde morava quando nasceram os textos que deram origem à obra que está sendo lançada. No discurso de apresentação da obra em evento realizado pela Funcap no último dia 20, Thays a definiu como um “texto epistolar do século XXI”. “As pessoas mais jovens não conhecem cartas.

Conhecem e-mails, mas a gente quis resgatar isso”, disse. Para ela, a arte tem papel fundamental na vida. “Nessa turbulência que tem sido a pandemia, é importante encontrar formas de seguir, e a Arte é oxigênio. Nosso livro é uma espécie de manifesto. Através dele a gente mostra que nem a distância conseguiu fazer com que nossa amizade sucumbisse. E a amizade, assim como a Cultura, precisa de incentivo, de impulso. Então a gente agradece o apoio da Lei Aldir Blanc e convida a todos para uma leitura desse registro, que é mais uma partilha, sem nenhuma pretensão”, concluiu Thays.