15/10/2022 as 08:00

CULTURA

Samba do Arnesto celebra dez anos!

Show de comemoração acontece neste sábado, 15, no Bar Parati a partir das 16h

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Para celebrar os dez anos de estrada, o Samba do Arnesto promete fazer uma grande festa neste sábado, 15, no Bar Parati. O JORNAL DA CIDADE conversou com o vocalista Rafael Oliva, que contou um pouco da história da banda.

Tudo começou outubro de 2012, quando os músicos e amigos Rafael Oliva, Roque Sousa, João Alberto di Lins se juntaram e resolveram fazer releituras de grandes clássicos do samba em Aracaju. “Quando a ideia do Samba do Arnesto surgiu, eram só três pessoas. Eu (Rafael Oliva), meu irmão Roque Souza e um grande amigo nosso, João di Lins. Na época eu fazia shows em alguns barzinhos da cidade e Roque as vezes subia com o pandeiro dele para tocar comigo. Isso foi se tornando rotineiro e ele sugeriu que a gente chamasse um amigo dele que tocava percussão para compor o projeto, que no caso foi Joãozinho”

Oliva conta ainda que, inicialmente, era um trio de samba. “Formação que é um pouco incomum aqui na cidade, mas a gente começou assim. Quando a banda começou a tocar em lugares maiores, esse formato não estava mais dando conta. Afinal, o samba fica mais rico com vários instrumentos, e com isso foi preciso colocar mais dois instrumentistas. Um deles foi Nonato Matos. Convidei ele no dia que tínhamos um show, e sem ensaiar nada ele tocou três horas de samba. Ele é um cara que vem do rock, mas tem uma intuição musical muito forte e conseguiu levar. Em seguida, veio o cavaquinho de Lucas Mattos, que é um cara que já veio do samba, para fechar esse núcleo consolidado há dez anos! ”, complementa Rafael.

Sobre o nome da banda, Rafael Oliva conta que, nos primeiros meses de formação, a banda ainda não tinha nome. “Eu sou designer gráfico e fazia os cartazes dos shows com trechos de músicas de samba. O primeiro cartaz de um show nosso eu fiz com uma foto do sambista Adoniran Barbosa, com o trecho de “O Arnesto nos convidou para um samba, ele mora no Braz”. No dia seguinte, a repercussão do público foi grande e acabamos adotando o nome da banda com o mesmo nome da música que eu usei no cartaz, de certa forma, foi o público que deu o nome! ”, revela o músico.

Desde 2012, foram diversos shows importantes. Entre eles, o Festival de Artes de São Cristóvão (FASC), e Réveillon de Aracaju. Além de prêmios de destaque da cultura e medalha Beatriz Nascimento da Assembleia Legislativa de Sergipe, bem como a construção de um dos grandes blocos de rua da cidade, o “VemNiMim Arnesto”

Referências

Entre as referências, a banda passeia entre o samba raiz, samba canção, o samba partido alto, e samba de roda. “Em geral, a gente se concentra muito no samba carioca de Cartola, Noel Rosa, pegando uma referência mais recente na obra de Beth Carvalho, Zeca Pagodinho. Além disso, a banda transita também pelo lado do samba rock, ouvimos muito Jorge Ben, Trio Mocotó, Seu Jorge e incluímos também pagode romântico, que foi referência na década de 90”.

Para o show deste sábado, Rafael Oliva conta que a banda preparou uma retrospectiva de todos esses dez anos. “Nisso tivemos a preocupação de rearranjar as músicas e fazer pot-pourris interessantes, que ligavam três músicas bem diferentes e mantendo bem a coesão. Vai ser um show muito emocionante para a banda, porque é muito simbólico fazer dez anos! Vai ser emocionante também tocar todo o repertório que marcou e ainda marca os dez anos de banda. Um show longo e muito bem preparado, com muito cuidado e carinho que a data merece e o público merece ainda mais!

Reportagem: Nayana Araujo | Equipe JC