Vencedor do Globo de Ouro 2023 de Melhor Filme Drama e Diretor, ‘Os Fabelmans’ é a grande estreia da semana

Cinéfilos da Terra Serigy, alegrai-vos! Por falta de opções nas telonas ninguém ficará em casa zapeando as plataformas de streaming, já que no segundo fim de semana do ano, há oito lançamentos de temas diversos e para todos os gostos.

Indicado em cinco categorias no Globo de Ouro 2023, sendo elas: filme drama, diretor, roteiro, atriz (Michelle Willians) e trilha sonora original, e maior vencedor da premiação, já que ganhou as duas principais, ‘Os Fabelmans’, de Steven Spielberg, estreia no Cinemark Riomar em quatro sessões, para o deleite dos fãs do diretor e também dos ansiosos em conferir uma das produções mais badaladas do ano passado.

No longa, o jovem Sammy Fabelman crescendo no Arizona pós-Segunda Guerra Mundial, se apaixona por filmes depois que seus pais o levam para ver ‘O Maior Espetáculo da Terra’. Armado com uma câmera, Sammy começa a fazer seus próprios filmes em casa, para o deleite de sua mãe solidária. Porém, quando o jovem descobre um segredo de família devastador, ele decide explorar como o poder dos filmes nos ajuda a ver a verdade uns sobre os outros - e sobre nós mesmos.

Os Fabelmans é uma história vagamente baseada na própria infância do diretor Steven Spielberg, com um jovem aspirante a cineasta no centro da história, ou seja, uma homenagem à Sétima Arte feita por um dos cineastas mais importantes, criativos e premiados de todos os tempos.

Withney Houston – Desde que era apenas uma menina do coro de New Jersey até à carreira mundial como uma das artistas mais vendidas e premiadas de todos os tempos, ‘I Wanna Dance With Someboby’ transporta o público numa viagem pungente e emocional pela vida e carreira de Whitney Houston, através dos espetáculos e dos êxitos mais populares, do sucesso e dos dramas que preencheram a sua vida, até a passagem triste e prematura de uma das maiores lendas femininas da música.

Olhos famintos: Renascimento – Primeira estreia do ano do gênero terror em terras sergipanas, a produção aborda a vida do casal Chase e Laine que vão para um festival onde ela começa a ter premonições inexplicáveis e visões perturbadoras associadas ao passado da cidade. À medida que o evento começa, Laine acredita que um horror sobrenatural é invocado e a partir disso o improvável pode acontecer. Alguém se arrisca?

Operação Fortune: Missão Mortífera – Grande protagonista dos filmes de ação há pelo menos uma década e meia, Jason Stathan dessa vez encarna o superespião Orson Fortune, que tem como missão, encontrar e parar a venda de uma nova tecnologia de armas usada pelo mediador de armas bilionário Greg Simmonds (Hugh Grant). Relutantemente, Fortune tem de se juntar aos melhor operativos do mundo (Audrey Plaza, Cary Elwes, Bugzy Malone), conseguindo recrutar ainda Danny Francesco (Josh Hartnett), a maior estrela de cinema de Hollywood, para os ajudar na missão internacional de salvar o mundo.

Nas ondas da fé – Comédia brasileira reunindo nomes bastantes atuais e conhecidos do gênero, como Otávio Muller, Marcos Veras, Eduardo Sterblitch, Gregório Duvivier, entre outros, Nas Ondas da Fé, conta a história de Hickson (Marcelo Adnet), um técnico de informática e locutor de telemensagem que ganha a vida fazendo bicos e sonha em ser radialista. Ao mesmo tempo é um homem de fé que se vira como pode para pagar os boletos no fim do mês, sendo também um faz tudo, que aceita qualquer coisa que vê pela frente de forma desesperadora. Sua mulher, Jéssica (Letícia Lima), trabalha em um salão de beleza, e decide dar um empurrãozinho para que ele consiga realizar seu sonho. É então que ela fala para ir ao culto do apóstolo Adriano (Thelmo Fernandes). Após conhecê-lo, Hickson consegue um emprego como locutor na rádio evangélica ‘Nas Ondas da Fé’. Com talento e dedicação, ele vai conseguindo cada vez mais conquistar os fiéis ao mesmo tempo que vai descobrir que nem mesmo o céu é limite.

Cine Vitória
Ainda surfando nas ondas do sucesso de público dos excelentes Aftersun e Segredos de Guerra, que continuam em cartaz, o cinema da Rua do Turista traz três produções para este fim de semana, duas delas em sessões pré-estréia.

O último caipira – Documentário francês dirigido por Diane Sara Bouzgarrou e Thomas Jenkoe, tem como ponto de partida o Condado de Knott, Kentucky, uma área rural remota onde as pessoas se sentem menos americanas do que os apalaches. Essas áreas que conheceram a glória das minas e a desordem de seu fechamento, mas também parte dessa América que tentou se reinventar enquanto lidava com o declínio econômico enraizado, o desastre ecológico e a violência social. Brian Ritchie e sua família fazem parte deste mundo há gerações, os chamados e às vezes autoproclamados ‘caipiras’, presos entre um passado mítico e um futuro indiscernível. Através de sua poesia, Brian é uma das últimas testemunhas de um mundo que está desaparecendo.

Ghost Song – Houston, Texas: petróleo, sexo, álcool e drogas, elementos que servem de palco para o documentário de Nicolas Peduzzi, que segue Alexandra, Will e Nate na sua tentativa de sobreviver em uma cidade que gosta de devorar sonhos, especialmente os e uma ex-líder de uma gang, bem como de um menino rico deserdado devido ao seu vício. Ao fundo, o furacão que se avizinha não tem nada de metafórico.

Me Chama que eu vou – O título de um dos maiores hits do ano de 1990, tema de telenovela de sucesso e um dos maiores símbolos da era de ouro da lambada, dá nome ao documentário de um dos maiores astros da música pop brasileira que dispensa apresentações, muito mais pela figura icônica do que propriamente pela quantidade de discos gravados.

Nascido Sidney Magalhães, Magal se abre em primeira pessoa falando desde sua infância até o presente, passando por momentos importantes de sua carreira e pelo casamento com Magali West. Dirigido por Joana Mariani, o filme é fruto de um longo processo de pesquisa, e conta com várias imagens de arquivos de televisão e do próprio cantor.

Em exibição nos cinemas Alquimia e Vitória, o longa repassa os mais de 50 anos de carreira do carismático showman e mostra o homem por trás do artista e revela histórias inusitadas, como quando pediu a Vinicius de Moraes para compor uma música para ele, ou a maneira como escolheu o seu nome artístico na Itália, e até sobre a rejeição da Rede Globo de Televisão, que mais tarde o chamou para um programa musical.

Entre outras razões, ‘Me Chama que eu vou’ vale muito a ida ao cinema porque descortina o cantor que há meio século canta e hipnotiza o público pela voz ímpar e carisma nato, e sobretudo, por junto a Ney Matogrosso serem os primeiros artistas masculinos brasileiros a ‘sensualizarem’ em suas apresentações, fidelizando e cativando novos fãs ao longo das décadas.