23/01/2019 as 16:17

AMÉRICA DO SUL

Juan Guaidó se declara presidente interino da Venezuela

O líder da oposição assumiu a presidencia no mesmo dia em que a população foi às ruas contra a eleição de Maduro

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Juan Guaidó se declara presidente interino da VenezuelaFoto: Manaure Quintero/Reuters

Juan Guaidó, presidente da Assembléia Nacional da Venezuela e principal opositor ao Governo de Nicolás Maduro, foi empossado em Caracas nesta quarta, 23, como presidente interino da Venezuela. Ele assumiu a presidencia no mesmo dia em que a população foi às ruas contra a eleição de Maduro, visto pela maioria dos venezuelanos como ilegítima. 

Guaidó ativou o artigo 233 da Constituição, que afirma que não pode haver ausência absoluta do Presidente da República e que pode ser promulgada pelo Parlamento, no caso de "abandono do dever". No qual a Assembleia Nacional acredita ser uma realidade desde 2017 para a "violação dos deveres constitucionais" por Maduro.

 

"Eu assumir a responsabilidade nos termos do artigo 333 e 350. Juro fazer um compromisso com a não-violência." Hoje 23 de janeiro Juro formalmente assumir os poderes do Executivo Nacional e presidente encarregado da Venezuela para a cessação de usurpação "", disse ele -lo guaidó durante a concentração em Chacao na frente de milhares de pessoas marcharam para mostrar seu apoio ao Presidente do Parlamento e da rota proposta pela oposição. 

Após a inauguração de Guaidó, os cidadãos presentes cantaram o hino nacional e apoiaram com aplausos a decisão do político venezuelano.

Minutos antes de ser empossado, Guaidó perguntou à multidão que se encontrava na praça Juan Pablo II de Chacao se contava com o apoio do povo. Depois de receber uma forte resposta dos presentes, assegurou que "a mobilização é fundamental. "Temos que ir a todos os setores."

Os cidadãos concentraram-se em vários pontos de Caracas para se mudarem para a Plaza Juan Pablo II, o ponto final da manifestação, onde deputados e líderes políticos se dirigiam aos cidadãos. Oficiais da Polícia Nacional Bolivariana se posicionaram em várias áreas de Caracas para impedir a mobilização da oposição em apoio a Guaidó.

Sobre a possibilidade de ser preso após a exortação do TSJ ao Ministério Público, assegurou que não tem medo de ir para a prisão. "Eu não temo por isso, temo pelo nosso pessoal que está passando muito mal." Concluiu.


*Com informações do Jornal El Nacional.