24/06/2020 as 13:11

NAS RODOVIAS DE SERGIPE

Acidentes provocados por animais ainda são constantes

Os locais com mais acidentes são Nossa senhora do Socorro, Estância e Itabaiana.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Todos os anos, diversos acidentes envolvendo animais são registrados nas rodovias federais que passam por Sergipe. Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF/SE), de janeiro a 31 de maio deste ano, foram registrados 19 ocorrências. Destas, 14 acidentes ocorreram após os condutores tentarem desviar dos bichos, o que deixou nove pessoas levemente feridas e cinco gravemente feridas. Os demais acidentes foram do tipo atropelamento de animal, o que causou ferimentos leves em cinco pessoas e ferimentos graves em três.

Ainda segundo a PRF, as áreas com mais apreensões de animais soltos nas rodovias são: Nossa Senhora do Socorro (BRs-101 e 235), Estância (BR-101), Cristinápolis (BR-101) e Itabaiana (BR-235). Já os locais com mais acidentes são: Nossa senhora do Socorro, Estância e Itabaiana.

“Os locais onde há maior índice de animais recolhidos sempre são próximos de grandes centros urbanos e de complexos habitacionais. Muitos moradores utilizam os animas durante o dia para trabalhar e a noite deixam os animais soltos perto de casa e aí eles saem andando pelas rodovias. Por conta disso, boa parte das ocorrências e do recolhimento de animais são durante a noite e madrugada”, revelou o chefe da Comunicação da PRF em Sergipe, o inspetor Flávio Vasconcelos.

Manejos e recolhimentos

Para se ter ideia do trabalho da PRF para evitar acidentes e afastar os animais da rodovia, de janeiro a 31 de maio, foram recolhidos e manejados 45.852 animais vivos das BRs em Sergipe, são cerca de 620 animais por dia retirados das vias. Nesse mesmo período, foram removidos 14 animais mortos.

“Existe o chamado manejo de animais, onde a PRF recebe a ocorrência ou flagra animais na pista e retiram eles da via, mas não recolhem. E temos ainda o trabalho do caminhão boiadeiro que ele retira os animais da estrada e encaminha ao curral. Muitos dos animais manejados são reincididentes e a gente acaba fazendo esse trabalho várias vezes”, contou Flávio.

Quando o animal é recolhido é levado para um curral conveniado com a PRF como o que existe em Socorro. “Quando o animal foi envolvido em acidente, o dono nem aparece para não ser penalizado, mas quando está no curral ele geralmente vai buscá-lo e aí é feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e a denunciada enviada ao Ministério Público para que ele responda pelo fato”, disse Vasconcelos, lembrando ainda que o dono do animal deve arcar com algumas taxas antes de pegar o animal de volta.

Recomendações

Geralmente, segundo o inspetor da PRF, os acidentes envolvendo animais ocorrem à noite, diante da baixa luminosidade, é preciso ficar atento a algumas recomendações: evitar pegar estrada à noite; andar em velocidade compatível com a estrada; caso haja necessidade da viagem, o condutor deve redobrar a atenção e obedecer as recomendações de segurança.

“Para a população em geral, caso verifiquem a presença de animais nas rodovias federais, façam contato com a PRF através no número 191 e nos informe. Para o dono do animal, é imprescindível o senso de responsabilidade e conscientização. O animal é responsabilidade dele e ele precisa cuidar sob o risco de gerar danos ao próprio animal e a outras pessoas”, alertou Flavio Vasconcelos.

Repórter: Grecy Andrade/Equipe JC
Foto:Divulgação