21/08/2020 as 10:40
TRANSFEMINICÍDIOPrincipal suspeito do crime, um ex-companheiro da vítima, foi preso
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Claudia Leite tinha 26 anos, era transexual, morava no município de Canindé de São Francisco e, assim como diversas outras pessoas transgêneras no Brasil, tinha um sonho: conseguir viver em paz. No entanto, na madrugada última quinta-feira, dia 20, seu nome acabou entrando no ranking que angustia e desespera diversos cidadãos LGBTQIA+ no país: o da violência contra o público.
Familiares da jovem disseram à polícia que ela havia terminado um relacionamento recentemente e, por ter desaparecido, decidiram prestar um boletim de ocorrência. Os agentes iniciaram as buscas ao principal suspeito, seu ex-companheiro, identificado como Marques José dos Santos, de 19 anos. Ele foi localizado e confessou ter matado a jovem.
De acordo com informações da Polícia Civil, “Gaspar”, como é conhecido, disse que, após o término, teria marcado um encontro com ela, numa localidade conhecida como Beira Rio, alegando que precisavam conversar. Mas, ao chegarem ao local, inconformado com o fim do relacionamento, ele acabou discutindo com a jovem.
Ainda segundo o seu depoimento, durante a briga, o suspeito deu um soco no rosto da transexual que acabou se desequilibrando e caindo de uma altura de aproximadamente seis metros. Ainda conforme informações do suspeito, a jovem não resistiu ao impacto da queda e morreu.
Após isso, ele também confessou que arrastou a vítima e jogou no Rio São Francisco, deixando-a ser levada pela correnteza. O corpo dela ainda se encontra desaparecido.
A Polícia Civil explicou que as buscas continuam e um inquérito já foi instaurado.
|Por John Santana/Da equipe JC