Luciano Huck é chamado de "próximo presidente do Brasil", durante palestra

Está acontecendo em Davos o Fórum Econômico Mundial, e nesta quinta-feira, 23, o apresentador Luciano Huck atraiu a maior parte das atenções durante o painel que participou sobre os protestos de rua na Améria Latina. 

Luciano Huck, que foi chamado de "próximo presidente do Brasil" duas vezes durante o evento, continua sendo visto como potencial candidato à presidência do país nas próximas eleições. Indagado após o evento sobre os temas que abordou no almoço e as ações do Brasil na área, disse que o país merecia representação melhor no exterior.

"Quando você lê a carta do professor [Klaus] Schwab desta edição do Fórum Econômico e ela claramente aponta para discutir ideias que possam gerar crescimento econômico com redução de desigualdade, eu adoraria poder ver o país bem representado em painéis além dos painéis econômicos", pontuou. Ele acrescentou ainda que apesar de terem sido entregues números importantes do ponto de vista econômico, o Brasil estava fora de painéis de educação, desigualdade e Amazônia. 

Durante o almoço, ao qual também estava presente o cocriador do movimento anarquista americano Occupy, Micah White, e outros líderes da sociedade civil, Huck contou uma história de superação que registrou em seu programa, falou da importância da educação e esboçou um ponto de vista sobre ambiente, um dos eixos do encontro deste ano.

“Temos 80% da Amazônia que não sabemos a quem pertence, estão em uma zona cinzenta, então temos que pensar na Amazônia também nas pessoas, não nas árvores” disse aos convidados, sem elaborar, aparentemente referindo-se à área protegida da floresta.

É uma opinião consonante com a do governo Jair Bolsonaro, que vem defendendo maior desenvolvimento econômico para a região da floresta, mas é criticado por sua inação ambiental. Na plateia, estavam executivos brasileiros como Wilson Ferreira Junior, presidente da Eletrobras, e o vice-presidente do Bradesco, Mauricio Minas —ambos sentados à mesa com Huck.

Aliados de dois dos possíveis concorrentes de Huck caso ele se candidate em 2022 também estavam presentes: a secretária de desenvolvimento econômico de São Paulo, Patricia Ellen, que viajou a Davos com o governador João Doria (PSDB), e o presidente do BNDES sob Bolsonaro, Gustavo Montezano.

|Com informações de Folha de São Paulo 

||Foto: Divulgação