Carlos Cauê fala sobre campanha do PT em Aracaju

A coluna conversou ontem com o secretário de Comunicação de Aracaju, o jornalista e publicitário Carlos Cauê, sobre os rumores de que ele poderia coordenar a campanha do PT em Aracaju, com uma possível filiação de Jackson Barreto à sigla. Ele lembrou que está afastado da militância partidária (sempre no PCdoB) há algum tempo, mas que é integrante da aliança de esquerda que se formou no Brasil e em Sergipe desde 1989, na histórica Frente Brasil Popular, pela qual Lula foi candidato a presidente pela primeira vez. Cauê destacou que a frente similar elegeu Déda e Edvaldo em 2000.

Com o PT 2
Conhecido pela precisão na análise da conjuntura política, Carlos Cauê relembra que em 2002 Lula ampliou a frente para a centro-esquerda, levando José Alencar para vice e ganhando as eleições. Fato semelhante se deu em Sergipe, com Marcelo Déda. O jornalista considera que essas ampliações possibilitaram a consolidação de vitórias formidáveis do campo progressista no Brasil e em Sergipe, todas elas sob a égide da pactuação feita ainda pela Nova República na redemocratização de 1985, mas que, infelizmente, para Cauê, já deu sinais claros de exaustão – e estaria a exigir dos brasileiros um novo pacto nacional.

Com o PT 3
Cauê reuniu em um parágrafo o pensamento de parte da esquerda sergipana: “Gostaria, mesmo, é que essa aliança fosse mantida, que seus integrantes, sobretudo o Partido dos Trabalhadores, que recentemente anunciou seu rompimento, colocassem os desafios do presente acima das mágoas, das idiossincrasias e até de certas incompatibilidades pessoais, e praticassem o sentido visceral do que é uma aliança: o reconhecimento das diferenças existentes e a constatação da quantidade elevada de convergências que nos possibilitam unir-nos; afinal, aliança é um encontro entre desiguais em nome de uma causa superior”.