21/07/2020 as 09:49

DA DIREITA

Eleições: oposição articula candidatura em Aracaju

Até o momento, a disposição para o pleito vem sendo voltada para uma pré-candidatura de Lúcio Flavio Rocha (Avante), do Movimento Brasil 200, e que, inclusive, já recebeu sinalização do presidente Jair Bolsonaro.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Em Aracaju, o grupo político que possui alinhamento de perfil de direita, conservador e liberal já analisa a possibilidade de colocar um nome próprio para representar na disputa da eleição municipal deste ano. Até o momento, a disposição para o pleito vem sendo voltada para uma pré-candidatura de Lúcio Flavio Rocha (Avante), do Movimento Brasil 200, e que, inclusive, já recebeu sinalização do presidente Jair Bolsonaro. Segundo Lúcio Flavio, a atuação na política já ocorre há dez anos, mas em nenhum momento houve filiação em partido. Porém, após uma conversa com colegas no Governo Federal, ele relata que pediram para pensar na possibilidade de disputar a eleição. “Sinalizaram que esse ano a eleição seria diferente. Por conta do que apresentaram, queremos que coloque seu nome à disposição aí, falaram.

Eles pediram e pela primeira vez na vida me filiei”, contou, sobre integrar o Partido Avante dentro do prazo legal. Com a filiação, Lúcio Flávio detalhou que tiveram início as tratativas junto ao Governo Federal. “Junto com algumas pessoas e partidos aqui em relação a uma chapa alinhada naquilo que acreditamos, no aspecto da direita, conservador e liberal. Aí as discussões foram avançando. Na semana passada estava em São Paulo no nosso escritório nacional do Brasil 200 e estou indo na semana que vem para Brasília. É algo que a gente está construindo, um nome que vem sendo pedido dentro do grupo mais à direita, mais os eleitores do Bolsonaro que não se sentem representados com o que está aí”, acrescentou.

Para o JORNAL DA CIDADE, Lúcio Flávio frisou que a turma “está muito escaldada” com relação ao posicionamento de alguns políticos logo após a eleição passada. “Na verdade, com o que aconteceu com Dória (PSDB), com Wiltzel (PSC) e com o próprio senador Alessandro Vieira (Cidadania), que se elegeram com os votos de eleitores alinhados a Bolsonaro e, após eleitos, a turma se rebelou.

Com isso, a turma tem falado para nós que nesses nomes apresentados não vão votar. Aí foi quando surgiu o meu nome. Mas óbvio que tem aí todo um trato com o partido. Até porque uma candidatura não é 100% autônoma”, expôs. Bolsonaro Ainda com o JC, Lúcio Flávio entende que a posição de Jair Bolsonaro no Nordeste é “delicada”. “Porque ele tem a famosa tropa de resistência, pelo Consórcio do Nordeste. Então, já sinalizou, até publicamente, que irá fazer incursões no Nordeste até o final do ano e isso perpassa no período eleitoral”, comentou. Mas Lúcio Flávio acredita que há sim uma possibilidade de atenção especial ao Nordeste. “Até aqui em Aracaju, Bolsonaro venceu no primeiro turno. Ele foi o primeiro colocado com 140 mil votos e Haddad com 85 mil. A diferença foi substancial. Isso prova que agora ele penetrando nas classes populares com o auxílio emergencial, de R$ 600 e R$ 1.200, a gente entende que a base dele aumentou”, reforçou.

Por Mayusane Matsunae
Foto:Divulgação