17/11/2020 as 11:24

DESEMPENHO FRACO

Cidadania conquistou somente duas das 24 cadeiras da Câmara de Aracaju

Sheyla Galba e Ricardo Marques foram os eleitos pelo Cidadania. Ela, a 15ª mais votada. Ele, o 20º

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DESEMPENHO FRACO 1
Encabeçada pelo Cidadania do senador Alessandro Vieira, a coligação da candidata Danielle Garcia, que inclui o PSB do candidato a vice, Valadares Filho, e os partidos presididos pelos irmãos Eduardo (PSDB) e Edivan Amorim (PL), conquistou somente duas das 24 cadeiras da Câmara de Aracaju. Sheyla Galba e Ricardo Marques foram os eleitos pelo Cidadania. Ela, a 15ª mais votada. Ele, o 20º.

DESEMPENHO FRACO 2 Peça-chave na montagem da chapa de Danielle, Valadares Filho, que chegou a disputar o segundo turno da eleição de governador, em 2018, não conseguiu sequer reeleger Elber Batalha, único representante do partido na Câmara de Aracaju. Eduardo Amorim também assistiu passivo à derrota dos candidatos a vereador pelo PSDB, o 21º partido no ranking de votação na capital. Resultado similar ao do PL, que, sob a presidência municipal de Milton Andrade, não atingiu o quociente eleitoral.

OPOSITORES Os vereadores Cabo Amintas (PSL), Elber Batalha Filho (PSB) e Lucas Aribé (Cidadania) - todos de oposição ao prefeito Edvaldo Nogueira - não conquistaram a reeleição. Do trio, somente Elber ultrapassou os 2 mil votos (na eleição passada, ele teve 3.252). Amintas teve 1.336 votos (quase mil votos a menos do que no pleito passado) e Lucas 1.540 (em 2016, ele teve 4.812). Do quarteto mais crítico a Edvaldo somente Emília Correia (Patriota) se reelegeu, obtendo 5.025 votos, sendo a segunda mais votada da cidade.

PASTORES Dois pastores evangélicos figuraram na lista dos mais votados da capital sergipana, conquistando mandatos para a Câmara de Aracaju. Eduardo Lima (Republicanos) é ligado à Igreja Universal e Pastor Diego, da Igreja Quadrangular, vão estrear no legislativo da capital.

OCASO 1 Candidato do ex-governador Jackson Barreto (MDB) a uma vaga na Câmara de Aracaju, Everton Souza não obteve êxito. Jackson nunca havia se envolvido tão diretamente em uma campanha para vereador. Nos bastidores circulava a informação de que o trabalho era para que Everton fosse um dos mais votados, pois seu desempenho seria uma demonstração da força de Jackson. Apostadores avaliam que o insucesso pode ter sepultado o projeto de JB voltar à Câmara Federal em 2022. Mas quem o conhece sabe que ele continua no jogo. Poucos políticos em Sergipe sabem assimilar tão bem as lições de um período eleitoral e usá-las para a próximas disputa.

OCASO 2 Quem também não se elegeu foi Ana Alves, filha do ex-governador João Alves Filho. O fato marca o fim de um ciclo de poder do grupo comandado por João e a senadora Maria do Carmo, que deve se aposentar após a conclusão do atual mandato. O joãozismo fica sem um herdeiro em Sergipe, sem ninguém para receber a coroa (ou chapéu de couro). Com isso, os seguidores de João foram migrando para diversos partidos mais à direita.