14/05/2018 as 16:30

Política

Prefeitura se compromete a ajustar encaminhamentos da pauta dos ocupantes

Edvaldo Nogueira se reuniu com o MTST e com o líder do movimento nacional e presidenciável, Guilherme Boulos.

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Prefeitura se compromete a ajustar encaminhamentos da pauta dos ocupantesFoto: Marco Vieira/ PMA

Sob uma grande manifestação dos ex-ocupantes do terreno localizado na Coroa do Meio, o prefeito Edvaldo Nogueira recebeu, no final da manhã desta segunda-feira (14), representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto em Sergipe (MTST/SE) e o líder do movimento nacional e presidenciável, Guilherme Boulos. Do lado de fora do Centro Administrativo, um número considerável de manifestantes pediu moradia e respostas com relação ao incidente ocorrido no último sábado (12), quando uma jovem foi atingida por um tiro vindo, supostamente, da Guarda Municipal de Aracaju (GMA).

A princípio, a conversa girou em torno do déficit habitacional, situação que assola a maioria dos municípios brasileiros e que gerou a ocupação do terreno na Coroa do Meio. Após a desocupação do local, as famílias foram transferidas para um galpão. A Prefeitura de Aracaju e o MTST acertaram melhorias nas condições do galpão onde as pessoas estão alojadas e a realização de uma nova reunião no próximo dia 23. Assim, ficou definido que a Prefeitura disponibilizará ventiladores e fornecerá água para os ocupantes do galpão. Já para o encontro, que ocorrerá no dia 23 de maio, integrantes do MTST apresentarão sugestões de terrenos públicos e/ou privados (neste caso que tenham dívidas com o Poder Público Municipal e que permitam a realização de dação em pagamento, conforme previsto no Estatuto das Cidades) visando ao atendimento habitacional das famílias oriundas da ocupação.

Outro ponto discutido durante a reunião, foi o incidente da jovem ferida. De acordo com o prefeito Edvaldo Nogueira, ele determinou que tudo o que for necessário para as investigações do caso será disponibilizado pelo GMA. No documento, assinado pelo prefeito e pelos representantes do MTST, ficou estabelecido que, se necessário e requisitado pela Polícia Civil, todas as armas da Guarda estarão à disposição para perícia.

Para o membro da coordenação nacional do MTST, Guilherme Boulos, o saldo da reunião foi positivo. “A assinatura desse termo é um salto em relação às pautas trazidas pelo movimento e aponta para uma solução habitacional para essas famílias. Agora, com a criação do grupo de trabalho, aponta para que a gente chegue à conclusão deste processo com indicação de terreno e da moradia tão sonhada. Aponta também, em relação ao incidente, para uma apuração rigorosa e punição dos responsáveis”, afirmou.

Pouco depois da reunião, através de rede social, o prefeito falou sobre as críticas que recebeu durante a ocupação. “Quem questiona o meu posicionamento e do meu partido, realmente, não conhece a minha história e o meu compromisso com as causas sociais. Peço que voltem um pouco no tempo e vejam que fui o prefeito que mais construiu moradias populares em Aracaju, 6.000 casas, e acabou com ocupações, dando um lugar digno para as famílias morarem. Em toda a minha vida pública, sempre busquei fazer o melhor para os aracajuanos, principalmente aqueles que mais precisam”, frisou.