06/11/2018 as 07:54
IndignaçãoManoel Cabral Machado havia sido o mais votado pelos membros da instituição.
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
O promotor de Justiça Manoel Cabral Machado Neto registrou “profunda decepção pelo desrespeito à vontade dos membros”, após o governador Belivaldo Chagas (PSD) ter escolhido o nome de Eduardo Barreto D’Ávila Fontes para ocupar a gestão do Ministério Público de Sergipe (MP) no biênio 2018/2020.
Com 104 favoráveis, dos 139 membros do MP, Manoel Cabral Machado não foi a opção para ocupar o comando do órgão. Afinal, o governador, ao receber a lista com os nomes mais votados escolheu Eduardo Barreto D’Ávila Fontes, que obteve 58 votos. Dessa maneira, em razão do ocorrido, o promotor encaminhou uma nota registrando a indignação.
“Registro minha profunda decepção pelo desrespeito à vontade esmagadora dos membros, já que tivemos praticamente o dobro dos votos do nosso adversário e, na história do MP/SE, sempre foi nomeado o candidato mais votado”, escreveu o promotor Manoel Cabral Machado.
Ainda na nota, Machado lastimou a atitude dos colegas. “Lamento ainda que o procurador-geral de Justiça, Dr. Rony, e o Dr. Eduardo tenham abandonado o compromisso histórico de apoiar o mais votado, seja na condição de ex-presidentes da ASMP, seja na de candidatos que, juntamente comigo, assumiram esse compromisso por escrito”, frisou.
Por fim, o promotor Manoel Cabral Machado comentou sobre o final do processo para o comando da instituição. “A busca de apoios externos para que não prevalecesse a tradição histórica de escolha do mais votado também foi mais uma triste página da história do nosso Ministério Público. Continuarei agindo de forma transparente e democrática, com respeito à vontade da classe”, finalizou a nota.