11/01/2019 as 08:08

Luís Moura

“Fafen tem papel significativo para o desenvolvimento de SE”

Economista Luís Moura destaca arrecadação de impostos e geração de empregos

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“Fafen tem papel significativo para o desenvolvimento de SE”Foto: André Moreira/Equipe JC

Com o anúncio da Petrobras de início da etapa de pré-qualificação para licitação de arrendamento da Fábrica de Fertilizante de Sergipe (Fafen-SE), o dirigente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luís Moura, opina que a unidade é muito importante para a arrecadação e a questão dos empregos. “O Governo do Estado deveria insistir na manutenção como uma empresa da Petrobras”, reforça.


Segundo o economista Luís Moura, a Fafen de uma forma geral tem papel significativo para o desenvolvimento econômico do Estado. “Desde a arrecadação de impostos até a questão dos empregos diretos e indiretos. Os diretos são os trabalhadores da Petrobras, cujo salário médio é maior do que a média salarial do Estado. Então, esses trabalhadores saindo de Sergipe nós perderemos uma importante fonte para o consumo do Estado”, acredita.


Na visão de Luís Moura, é preciso analisar se, com o arrendamento, as empresas que prestam serviços para a unidade também vão ser mantidas. “O ideal é que a Fafen se mantivesse na Petrobras. Havia toda uma articulação nesse sentido, mas infelizmente me parece que não está fazendo resultado. O Governo do Estado deveria insistir na manutenção da Fafen como uma empresa da Petrobras”, defende.


Ainda para o economista, a mudança do Governo Federal também pode provocar alterações no futuro da Fafen. “Como o governo Bolsonaro (PSL) quer privatizar ou fechar várias estatais, vai ser muito difícil convencer politicamente este governo”, critica.


Já do ponto de vista da arrecadação para o Estado, se for arrendada a Fafen poderá arrecadar a mesma coisa. “Se mantiver o mesmo nível de produção e vender essa mercadoria, se for mantido o mercado consumidor, tende a arrecadar a mesma coisa. Mas é uma grande perda para os estados de Sergipe e Bahia. Os governadores deveriam manter. Essa deveria ser a melhor solução”, concluiu.