21/03/2019 as 08:09

CÂMARA

Documentos são achados espalhados no meio da praça

Cena foi flagrada pelo vereador Américo de Deus (Rede), que cobrou da presidência providências cabíveis

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Documentos são achados espalhados no meio da praçaFoto: Divulgação

Ontem, quem passou no início da manhã na praça Almirante Barroso, localizada na parte de trás da sede da Câmara de Aracaju, no Centro, observou documentos da Casa Legislativa espalhados em todo o local. A cena foi flagrada pelo vereador Américo de Deus (Rede), que cobrou da presidência providências cabíveis.


De acordo com Américo de Deus, a documentação estava “jogada” em toda praça. “Por volta das 7h45 quando cheguei na Câmara, entrei pela parte dos fundos e me deparei com essa documentação espalhada. Verificando os papeis notei que eram documentos da Câmara, principalmente, proposituras, requerimentos e indicações que foram revisados e a parte original”, contou.


Américo de Deus acrescentou ainda que o material continha assinaturas dos vereadores. “Sendo originais, tanto minha, de Lucas Aribé (PSB), Fábio Meireles (PPS) e de Emília Corrêa (Patriota), todas de agora, de 2019. Os documentos ainda estão sendo aprovados para enviarmos aos setores das secretarias para agilizar os serviços demandados”, relatou.


Segundo Américo de Deus, o cenário foi de revolta. “Um absurdo! Primeiramente, o desserviço jogando papel no chão, na praça pública. É um dever nosso dar o exemplo. Segundo, é a irresponsabilidade por conta de uma documentação que deveria estar guardada e, no tempo hábil, ser triturada. São documentos importantes e estão com nossas assinaturas originais. Tem documentos que têm xérox de identidade de algumas pessoas”, salientou.

Medidas cabíveis
Diante da situação, Américo de Deus cobrou da presidência da Câmara de Aracaju alguma medida. “Eu fiquei consternado. Utilizei o pedido de ordem para cobrar da presidência providências cabíveis como o caso requer. Não posso me furtar desse crime que foi cometido aqui com essa documentação. Devemos zelar”, pontuou.


Ontem, a equipe de reportagem do JORNAL DA CIDADE buscou o presidente da Câmara, vereador Nitinho (PSD), para questioná-lo sobre o caso, mas não foi encontrado. Contudo, a assessoria de comunicação da Casa encaminhou uma nota de esclarecimentos.


“Sobre o assunto, informamos que não existe nenhuma orientação por parte da presidência da Câmara para que documentos sejam descartados, mesmo no Centro da cidade, o que não exclui a possibilidade de papéis inutilizáveis descartados no lixo da Casa possam ter sido recolhidos por coletores de recicláveis. A Câmara lamenta o transtorno ocorrido”, registrou a nota.

Por Mayusane Matsunae/Equipe JC