31/01/2020 as 10:39

5 Milhões

André Moura é alvo de delação na Lava Jato do Rio

No relato do delator, publicado na matéria, Antônio Pinheiro Machado se aproximou do Pastor Everaldo quando o político era líder do PSC na Câmara

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O portal Valor Econômico, do Grupo Globo, noticiou que o operador financeiro Ricardo Siqueira Rodrigues, alvo da Lava-Jato do Rio de Janeiro, afirmou em acordo de delação premiada firmada com o Ministério Público Federal (MPF) ter pagado R$ 5 milhões ao presidente da executiva nacional do PSC, Pastor Everaldo, e ao ex-deputado federal André Moura – que atualmente ocupa a função de secretário da Casa Civil do governador fluminense Wilson Witzel, também do mesmo partido.

Conforme o portal de notícias publicou na matéria da última quarta-feira, dia 29, o tal suposto repasse foi revelado a Ricardo Siqueira Rodrigues pelo empresário Arthur Pinheiro Machado – preso em abril de 2018 acusado de envolvimento em desvio em fundos de pensão públicos e presidiu o grupo educacional Alub, do DF.


“Siqueira Rodrigues e Pinheiro Machado foram os principais alvos da Operação Rizoma, desdobramento da Lava-Jato no Rio. Nos relatos feitos em sua delação premiada, Siqueira Rodrigues relata um suposto relacionamento que teria mantido com o PSC, além de tentativas de ingerência em fundos de pensão públicos. Uma delas teria sido uma ação para colocar um aliado político na Superintendência Nacional de Previdência Complementar e no fundo de pensão da Dataprev”, registrou a matéria.

No relato do delator, publicado na matéria, Antônio Pinheiro Machado se aproximou do Pastor Everaldo quando o político era líder do PSC na Câmara, “para garantir as indicações de cargos estratégicos em fundos públicos. O delator também afirma que se aproximou de André Moura com o mesmo propósito”, expôs no Valor Econômico.


“Pastor Everaldo e André Moura já foram acusados por delatores da Odebrecht. Everaldo teria recebido R$ 6 milhões em caixa dois da empreiteira para financiar sua candidatura à Presidência da República em 2014. De acordo com os delatores, a Odebrecht orientou o Pastor Everaldo a ajudar o presidenciável do PSDB, Aécio Neves, durante um debate realizado na televisão”, concluiu Valor Econômico.


Sobre o assunto, a assessoria de imprensa do ex-deputado federal André Moura, até o fechamento desta matéria, não direcionou nenhuma resposta.