03/02/2020 as 10:24

2020

Corrente do Psol defende candidatura do delegado Mário Leony

A corrente Insurgência, do Psol e da IV Internacional SU, escreveu um manifesto defendendo o nome do delegado Mário Leony como pré-candidato a prefeito de Aracaju

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A corrente Insurgência, do Psol e da IV Internacional SU, escreveu um manifesto defendendo o nome do delegado Mário Leony como pré-candidato a prefeito de Aracaju. Segundo a carta registrada pelos membros, ele está preparado para a função. “Que o gestor seja um revolucionário do amor, que não faça conciliação com quem nos mata e nos explora, mas que mobilize as comunidades, a periferia, povo aracajuano para participação efetiva do seu direito à cidade através do poder popular”, pontua.


De acordo com o conteúdo da corrente, a Prefeitura de Aracaju é governada há 15 anos por um bloco progressista capitaneado pelo PT – PCdoB (excluindo a pequena interrupção de quatro anos da gestão de João Alves, do DEM). “Que dizia defender os trabalhadores, mas na prática faz conciliação com as construtoras, empresas de ônibus e lixo, de modo a naturalizar que a qualidade de vida só chegue de verdade na 13 de Julho e nas áreas turísticas”, criticou.

Ainda no material, a corrente destaca que o prefeito Edvaldo Nogueira (futuro PDT) continua “permitindo o aumento da passagem de ônibus, a cobrança de taxas de esgoto em comunidades que não têm saneamento, sem projeto de moradia popular e reafirmando uma política de segurança pública militarizada que reprime movimentos sociais e os despossuídos”.


A corrente continua a crítica: “Mesmo tentando diferenciar-se da direita clássica e dos neofascistas, alia-se a André Moura (PSC) e é incapaz de ter uma postura firme de oposição ao governo Bolsonaro, como no episódio do vazamento de óleo nas nossas praias em que ao decretar Estado de Emergência poderia ter efetivado ações de prevenção às consequências da tragédia, de reparação ambiental e garantia de reparação social aos pescadores e marisqueiras”.


Além disso, a corrente do Psol diz que “esses governantes da velha esquerda aparecem para o povo como os da direita”. “Não estimulam a participação popular e constroem grandes obras urbanísticas que sugam os recursos públicos para a privatização da cidade, como o caso da obra do corredor exclusivo de ônibus na Hermes Fontes, executado por uma construtora local que não irá melhorar em nada os principais problemas dos usuários de ônibus: o alto valor da tarifa, a pouca frota de ônibus e a pouca diversidade de linhas que gera atrasos cotidianos. Essas mesmas obras que potencializam as mudanças climáticas ao cortar árvores, estimulam o binômio urbanização-concreto, que deixam a cidade cada vez mais aquecida e despreparada para o aumento de chuvas torrenciais que condenam os mais pobres e a periferia nas chamadas áreas de risco”, sinalizam.


No final do manifesto, a corrente defende a pré-candidatura do delegado também pela vivência no departamento de homicídios. “Milita contra o genocídio e encarceramento do povo preto e pobre, que é assumidamente gay para enfrentar os discursos de ódio dos neofascistas e reacionários, que é ecossocialista porque compreende que não existe classe trabalhadora desalienada sem natureza preservada e só existe avanços onde a economia esteja a serviço das pessoas e da natureza, e não a serviço dos donos do dinheiro. Que o gestor seja um revolucionário do amor, que não faça conciliação com que nos mata e nos explora, mas que mobilize as comunidades, a periferia, o povo aracajuano para participação efetiva do seu direito à cidade através do poder popular”, conclui.