15/11/2020 as 08:58

POLÍTICA

“Operamos uma grande transformação em Aracaju”

Atual prefeito e candidato à reeleição, Edvado Nogueira mantém o discurso que vem sustentando ao longo da sua atual administração

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JORNAL DA CIDADE - Que balanço o senhor faz do seu atual mandato?

EDVALDO NOGUEIRA – Operamos uma grande transformação em Aracaju nestes três anos e dez meses de administração. Foram muitas as mudanças ocorridas na cidade. Encontramos o município completamente desestruturado em todos os sentidos. Foram R$ 540 milhões em  ívidas, com dois salários atrasados, lixo nas ruas, escolas em greve, servidores insatisfeitos, fornecedores sem receber, unidades de saúde sem medicamento e sem médicos, obras para as quais eu deixei recursos em 2012 paralisadas, uma desorganização em todos os aspectos. Um desafio gigante. Mas, com muita responsabilidade, zelo e transparência, fui enfrentando problema a problema. Foram muitas as dificuldades, mas não desanimei. Regularizei os salários dos servidores logo no início da gestão e, desde janeiro de 2017, pago rigorosamente em dia, além de retomar a concessão de direitos, que estavam parados há dois anos. Das dívidas de R$ 540 milhões, pagamos mais de R$ 500 milhões e já negociamos todo o restante. A maioria das dívidas era com fornecedores locais, empresários da nossa cidade, que estavam em grande dificuldade, mas nós conseguimos negociar e pagar para que eles pudessem também recuperar seu fôlego financeiro. Fizemos a licitação do lixo, a licitação das feiras livres, colocamos em execução mais de 60 obras na cidade, a maioria já entregue, e outras, como a maternidade municipal e a nova avenida do Japãozinho, em etapa avançada de conclusão.

JC – Essas são as ações que o senhor sempre tem destacado. Houve mais algumas que o senhor destacaria?

EN - Ao lado disso, retomamos nosso calendário de eventos, como o Projeto Verão, Forró Caju, Natal Iluminado e Réveillon, atraindo turistas para a nossa cidade. Fizemos a primeira Parceria Público Privada da nossa história, na área de Iluminação Pública, que transformará Aracaju numa cidade mais moderna e segura. Assinamos com o Banco Interamericano do Desenvolvimento um financiamento de mais de R$ 425 milhões, que será um ganho gigantesco para o desenvolvimento da cidade. Acabamos com a maior ocupação existente em Aracaju, a das Mangabeiras, tirando mais de mil famílias de condições sub-humanas, colocando todas elas em casas alugadas pela Prefeitura. Nossas escolas funcionaram todos os dias. Os postos de saúde foram reformados, não faltam mais remédios. A malha viária da cidade foi transformada, com a colocação de mais de 120 mil toneladas de asfalto. Aracaju voltou a ser uma cidade limpa, organizada, com suas grandes avenidas revitalizadas, com os servidores da Prefeitura trabalhando com mais afinco, pois sabem que receberão seus salários em dia. Os aracajuanos voltaram a ver a Prefeitura como uma parceira, que atua para melhorar a vida dos seus cidadãos.

JC – A oposição fez duras críticas à atuação do senhor durante a pandemia de covid-19. Que avaliação o senhor faz do trabalho da Prefeitura neste processo?

EN - A melhor resposta para esta pergunta está no índice alcançado por Aracaju de capital do Nordeste com o menor índice de letalidade pelo coronavírus. Ou seja, a doença matou menos aqui. E isto é resultado de um trabalho extremamente técnico e feito com muita responsabilidade. Ainda em fevereiro, já iniciamos a elaboração do nosso Plano de Contingência, a partir do qual fomos atuando no enfrentamento à proliferação do vírus. Transformamos oito unidades de saúde em postos de atendimento exclusivo para síndromes gripais, com horário estendido; montamos um Hospital de Campanha, que funcionou com muita efetividade; realizamos a testagem da população, programa que segue em execução, como forma de rastrear o vírus e atuar sobre as áreas onde haja maior prevalência. Fizemos desinfecção de áreas públicas, distribuímos mais mil toneladas de alimento através do kit de alimentação escolar, estabelecemos medidas de distanciamento social, proibição de aglomerações, abrigamos pessoas em situação de rua, distribuímos máscaras, prestamos assistência psicológica, fiscalizamos o cumprimento das medidas, enfim, criamos uma rede de atuação múltipla para garantir ao aracajuano proteção, dignidade e segurança. E, recentemente, lançamos o +AJU, programa de apoio à retomada da atividade econômica, com o refinanciamento de dívidas das pessoas e do setor produtivo com a prefeitura, investimentos em turismo e realização de obras que irão gerar 19 mil empregos. Por tudo isso, acredito que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que a cidade enfrentasse neste momento tão difícil da vida da humanidade. Quanto aos meus opositores, o que ficou evidente foi frustração deles com a forma eficiente como lidamos com a pandemia.

JC – Candidato à reeleição, é até natural que o senhor seja o alvo preferencial da oposição. Seus principais adversários usaram massivamente a propaganda eleitoral para fazer críticas ao senhor. Como foi lidar com esta situação?

EN – Infelizmente, na ausência de propostas para a cidade, os adversários preferiram me atacar. Entendo que a campanha eleitoral é o momento de discutirmos ideias, apontarmos saídas para os problemas e mostrarmos que somos capazes de administrar Aracaju. Críticas são naturais, mas meus opositores partiram para a baixaria, fake news e agressões. Eu, de minha parte, não baixei o nível da minha campanha por causa deles. Os aracajuanos não aceitam esta campanha suja. E a prova disso está na mais recente pesquisa Ibope que mostrou que a rejeição dos meus adversários disparou.

JC – Se reeleito, que significado terá ocupar pela quarta vez o mandato de prefeito de Aracaju?

EN – O primeiro sentimento é o da gratidão pela confiança que os aracajuanos depositam em mim. O segundo é de felicidade pelo reconhecimento do trabalho que realizo na cidade. E o terceiro é uma sensação de realização muito grande, porque eu não tenho sobrenome famoso, não tenho ninguém da família na política, vim estudar aqui em Aracaju com catorze anos, sou de uma cidade do interior de Alagoas, apesar de minha mãe ser de Simão Dias. Sou filho de uma família que nunca fez política, nunca discutiu política. Sou filho de uma auxiliar de enfermagem e de um pequeno comerciante. Assim, alguém da minha origem social chegar a ser prefeito de uma capital por três vezes e em condição de alcançar este posto em mais uma oportunidade, me deixa muito feliz. E, ao mesmo tempo, aumenta minha responsabilidade, pois sei das expectativas do cidadão, porque, nesses três anos e dez meses, fizemos uma gestão de grandes realizações na cidade, de modo que o desafio e a preocupação é conseguir fazer mais. Como não me acomodo, nem me envaideço, me esforçarei para fazer mais e melhor, para continuar tendo o respeito, a solidariedade e o carinho da população.

JC – Neste sentido, quais serão as prioridades do senhor num eventual novo mandato?

EN – As bases para o futuro da cidade já estão colocadas por nós. Executamos uma grande transformação na cidade nos últimos anos e agora temos a possibilidade de fazer Aracaju avançar. Para o futuro, entendo que há prioridades da própria sociedade, que se tornam também nossas prioridades, como a retomada da economia, tão afetada pela crise do coronavírus, as demandas das áreas de expansão da cidade, e a busca de novas alternativas para a mobilidade urbana, a saúde e a educação. Ciente disso, já lançamos o programa de retomada da atividade econômica, com R$ 1 bilhão em obras que gerarão mais de 19 mil empregos; com investimentos superiores a R$ 8,5 milhões no Turismo, um dos setores mais afetados pela pandemia, além do programa de refinanciamento de dívidas. Teremos o investimento de R$ 85 milhões na troca dos 58 mil pontos de luz da cidade pela tecnologia LED, através da Parceria Público Privada que realizamos. Iniciaremos a construção de 1.102 casas no Residencial Mangabeiras e realizaremos as obras com mais de R$ 425 milhões que conquistamos junto ao Banco Interamericano do Desenvolvimento para a avenida Perimetral Oeste, a revitalização completa do Parque da Sementeira, entre outras. Ao mesmo tempo, buscarei novas fontes de financiamento para colocar em prática o projeto Cidade Futuro, que envolve a revitalização do Centro Comercial e a urbanização da Zona de Expansão.

JC – Qual a sua expectativa para a eleição deste domingo?

EN – As expectativas são as melhores possíveis, porque tenho recebido imenso carinho das pessoas nas ruas, que declaram seu apoio, agradecem o nosso trabalho e reconhecem nas nossas propostas as melhores possibilidades para fazer Aracaju avançar. Dei o meu melhor na gestão da cidade, atuei com ética e responsabilidade e fiz uma campanha muito propositiva. Acredito na capacidade do aracajuano de escolher o melhor projeto para a cidade, projeto que trará geração de emprego, saúde de qualidade, educação que ilumina a juventude, segurança, mais inclusão, igualdade, cidadania e fé no futuro. Este é o nosso projeto. Torço pelo melhor!