04/06/2018 as 13:24

Saúde

Médicos entram em greve por tempo indeterminado

Categoria cobra posicionamento da Prefeitura e entre um dos pontos de reivindicação está o reajuste salarial.

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Iniciou-se na manhã desta segunda-feira (4) a greve dos médicos da rede municipal de Aracaju. Cerca de 500 profissionais que atuam nas 43 Unidades de Saúde de Família (USFs), nos dois hospitais municipais (Fernando Franco e Nestor Piva) e nos dois centros de especialidade (Cemars Augusto Franco e Siqueira Campos) cobram o reajuste salarial que está em atraso há dois anos e a implantação da tabela única dos médicos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), João Augusto, a Prefeitura ainda não deu um posicionamento sobre as questões abordadas e não quis negociar o reajuste da categoria. “Além disse, é preciso que se frise que existe diferença salarial entre os médicos e isso não deve ocorrer. Também lutamos contra a contratação sem que seja por meio de concurso público”, reforçou João Augusto.

A categoria manterá 50% do efetivo trabalhando nas redes de urgência e emergência, resguardando assim um percentual superior ao previsto para os serviços de urgência em situação de greve.

Em nota, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que na segunda-feira passada (28), os representantes do Sindimed foram recebidos na sede da Prefeitura Municipal de Aracaju para conversar sobre reajustes e que, nesta semana, o sindicato será convocado para iniciar a negociação salarial.

“Durante o encontro, a secretária da SMS, Waneska Barboza, reforçou que só poderia planejar reajustes salariais após a análise do balanço financeiro municipal do quadrimestre, feito pela Secretaria Municipal da Fazenda (Semfaz), pois é com base nesse levantamento que a gestão calcula a capacidade de ampliações ou necessidade de contenções nos meses subsequentes deste ano.

A SMS informa que está estudando o caso e que nada foi definido ainda. Porém, caso venha a ser colocada em prática, a decisão não descumprirá nenhuma legislação que rege a administração pública. A SMS reforça, ainda, que todas as medidas tomadas pela gestão têm como objetivo final a continuidade dos serviços prestados aos usuários, e que a ideia de implementar PJ’s no SUS de Aracaju só surgiu porque os próprios médicos selecionados no último PSS não compareceram, ou pediram desligamento com pouco tempo de atuação. Outro detalhe importante é que o problema de não preenchimento das vagas via PSS ocorreu exclusivamente com a classe médica”, concluiu em nota.