15/01/2019 as 12:39

CONFIRMADOS

Sergipe registrou 4 casos de sarampo em 2018

Mércia Feitosa: "Com essas duas doses o indivíduo está imune"

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Sergipe registrou 4 casos de sarampo em 2018Foto: Mércia Feitosa

Durante o ano de 2018, Sergipe registrou quatro casos confirmados de sarampo. No Estado, o último caso ocorreu em setembro e de lá para cá a Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem acompanhado e orientando os municípios sobre a ampliação da cobertura vacinal para crianças e adultos.
No Brasil, desde o início de 2018, até 8 de janeiro deste ano, foram confirmados 10.274 casos no Brasil. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo: no Amazonas, com 9.778 casos confirmados, e em Roraima, com 355 casos. Três estados apresentaram óbitos pela doença: quatro em Roraima, seis no Amazonas e dois no Pará.

De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES, Mércia Feitosa, em todos os casos da doença foram executadas todas as medidas de prevenção e controle para evitar o surgimento de outros casos, tão logo houve a notificação da suspeita. A principal delas foi o bloqueio vacinal, que alcançou todas as pessoas do convívio domiciliar e social das vítimas e que não tinham sido ainda imunizadas contra o sarampo.

Feitosa explica ainda que entre as ações do Estado estão a ampliação da cobertura vacinal. “Entre as ações definidas estão a intensificação da vacina para o adulto e o adolescente com os gestores buscando aqueles que ainda não foram imunizados e a busca ativa em prontuário das redes básica e hospitalar para ver se algum caso suspeito de sarampo possa ter passado despercebido”, anunciou a diretora.

Segundo o Ministério da Saúde, o vírus que infectou os pacientes possuiu o mesmo genótipo daquele que circula na Venezuela, o que indica que ele tenha sido importado do país. Há dois anos os venezuelanos sofrem com o surto do sarampo.

Contudo, o Ministério da Saúde ressalta que o pico das infecções já passou e que o ritmo de novas notificações tem diminuído. Além do envio de 15,5 milhões de doses da tríplice viral, a pasta também enviou técnicos e equipes de investigação, capacitou profissionais, repasse de apoio financeiro e envio de kits de laboratório, sobretudo ao Amazonas.

A diretora de Vigilância Epidemiológica explica ainda que a vacina do sarampo é pela tríplice viral e deve ser administrada aos 12 meses de vida, e uma segunda dose aos 15 meses de vida. Além disso, é importante que o indivíduo adulto procure em casa o seu cartão de vacina para não tomar desnecessariamente a dose e para atualizar a vacina contra o sarampo caso nunca tenha tomado.

“Com essas duas doses o indivíduo está imune não só do sarampo, mas da caxumba e rubéola. Mas, como alguns adultos não tomaram a vacina da tríplice viral em algum momento da vida, se tiver alguma história de perda de cartão de vacina e se tomou ou não a tríplice viral ele também pode tomar. Pessoas com até 29 anos podem tomar duas doses com intervalo de 30 dias; e de 30 a 49 anos toma uma dose”, finalizou.