12/06/2019 as 14:30

Queimaduras

O perigo dos fogos de artifício, os maiores responsáveis pelos acidentes no período junino

Segundo pesquisas 10% dos casos de queimadura acabam em amputação

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O perigo dos fogos de artifício, os maiores responsáveis pelos acidentes no período juninoFotos: Flávia Pacheco ASCOM SES

Junho é um dos períodos mais esperados do ano pelas crianças, momento em que as ruas ficam iluminadas e enfeitadas com bandeirolas, fogueiras, balões e que as festas ficam fartas de comidas típicas: canjica, milho cozido, amendoim, mugunzá e outras. No entanto, tem um lado dos festejos que é preocupante, é a utilização de fogos de artifício pela população, especialmente as crianças.

De acordo com a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão, cerca de 70% dos casos de queimaduras são provocados por artefatos pirotécnicos e 10% das vítimas sofrem amputações, principalmente das mãos e dedos. As lesões provocadas por fogos de artifício são graves e difíceis de recuperar.

É fundamental nesse período que os pais e responsáveis fiquem atentos à utilização desses fogos pelas crianças que ainda representam as maiores vítimas das queimaduras. Dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) mostram que, durante as festas juninas, os atendimentos a pessoas que sofreram queimaduras nas emergências dos hospitais chegam a dobrar. Mais de 80 por cento das vítimas são crianças. 

Além dos fogos de artifício, outra grande causa de queimaduras é a forma incorreta e descuidada de ascender a fogueira. A coordenadora da cirurgia plástica do Huse, Moema Santana, explicou que o Huse fez planejamento especial e ampliou a estrutura da Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) para receber as possíveis vítimas nesse período.

“Estamos esse ano com a unidade totalmente reformada e com novos equipamentos que darão o suporte necessário para o atendimento. A maioria dos pacientes não precisa dessa unidade e isso é importante destacar. O primeiro atendimento é no Trauma e uma sala específica de procedimentos é preparada no Pronto Socorro com medicação, maca, curativos especiais, todo material cirúrgico, profissionais e todo o suporte que precisam. A cada ano a gente espera que os números sejam reduzidos”, explicou.

Dr. Lauro D’ávila Silveira Barreto, médico do Hospital Gabriel Soares, alerta para o não uso de fogos por crianças, e caso haja algum acidente é preciso manter a calma e agir com precisão, encaminhar a pessoa acidentada ao hospital é primordial mas existem algumas ações que podem amenizar. Ele orienta que em caso de queimadura é necessário tomar alguns cuidados como:

- Evitar passar qualquer tipo de produto

- Não passar pasta de dente

- Não usar borra de café

- Não lavar com água gelada

- Lavar com água corrente e temperatura ambiente