22/10/2019 as 10:07

MEDICINA

Brasileiro lidera projeto para capacitar pessoas com mobilidade reduzida e detectar autismo

Engenheiro aplica tecnologia com recursos de inteligência artificial para criação de dispositivos que melhoram a qualidade de vida dos pacientes

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Brasileiro lidera projeto para capacitar pessoas  com mobilidade reduzida e detectar autismoDivulgação

Imagine um andador robótico com rodas movidas a motor e sensores que detectam a intenção do movimento, capacitando pessoas com lesão na coluna ou acidente vascular cerebral (AVC), para que se locomovam com segurança dentro de casa ou em terrenos irregulares. Esta é a pesquisa focada em um sistema inteligente liderado pelo engenheiro brasileiro Anselmo Frizera Neto, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço tecnológico para a humanidade.

Professor associado de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Espírito Santo, Frizera realiza pesquisas em prol de pessoas que possuem mobilidade reduzida por fatores motores ou cognitivos, com aplicação de inteligência artificial. Um dos projetos é a cadeira de rodas que permite a pacientes que perderam movimentos nas pernas e braços acionar eletrodomésticos e se mover em sua casa com um simples movimento dos olhos.

O membro do IEEE desenvolve ainda pesquisa de inclusão de pessoas com déficit cognitivo, que possui aplicação de robótica e Inteligência artificial. Trata-se de um dispositivo para detectar o autismo em criança, usando o método de “aprendizagem de máquina”, em que o sistema é alimentado com dados dos exames de pacientes com suspeita da doença. Após processar as informações, o algoritmo avalia se a pessoa possui ou não autismo. “Em um ambiente monitorado por câmeras e sensores, um robô interage com a criança. Cada reação é avaliada pelo sistema, que indica potenciais sintomas, possibilitando o diagnóstico precoce e o tratamento adequado”, explica Frizera.

Atento ao potencial dos dispositivos wereable (“vestíveis”), o professor desenvolveu sensores acionados por fibra ótica e sistemas eletrônicos para aperfeiçoar a integração dessas peças com os dispositivos. Frizera defende que uma das oportunidades de uso dos dispositivos wereable é o monitoramento da evolução clínica de pacientes, em especial idosos, fora do ambiente hospitalar ou ambulatorial. Na visão dele, são pessoas que vivem isoladas, o que demanda a necessidade de assegurar a saúde e o bem-estar dia a dia.

 

Sobre o IEEE

O Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) inspira uma comunidade global a inovar para um futuro melhor por meio dos mais de 420 mil membros em mais de 160 países. As publicações, conferências, padrões de tecnologia e atividades profissionais da entidade são recomendadas por diversos especialistas. A organização é fonte confiável para informações de engenharia, computação e tecnologia em todo o mundo.