14/02/2020 as 09:09

Saúde

Venda de genéricos sobe 6,43%

De acordo com o levantamento da PróGenéricos, em valores as vendas de genéricos registraram crescimento de 14,87%, atingindo a marca de R$ 9,82 bilhões

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Há 20 anos no mercado brasileiro, os remédios genéricos por muito tempo foram vistos com desconfiança pela população. De lá para cá muita coisa mudou, aquelas suspeitas sobre os genéricos ou similares foram sumindo pouco a pouco e hoje o mercado desse tipo de medicamento está em expansão. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), a indústria desses remédios registrou crescimento de 6,43% no número de unidades vendidas em 2019 se comparado com 2018. No total, foram comercializadas 1.482 bilhão de unidades.

De acordo com o levantamento da PróGenéricos, em valores as vendas de genéricos registraram crescimento de 14,87%, atingindo a marca de R$ 9,82 bilhões comercializados em 2019, já considerando os descontos concedidos ao varejo. Desde que chegaram ao mercado, em 2000, foi gerada uma economia superior a R$ 150 bilhões em gastos com medicamentos para os consumidores brasileiros. O valor é potencialmente maior, uma vez que esse indicador só considera o desconto de 35% previsto na lei.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Sergipe (Sicofase), Alex Cavalcante, comenta que é perceptível o aumento da venda dos genéricos nas farmácias e drogarias de Sergipe. Segundo ele, a instabilidade socioeconômica contribui para esse índice apresentado no levantamento.

“A situação do Brasil e do nosso Estado, onde os funcionários públicos recebem seus salários com atrasos e parcelados, cria uma situação delicada que faz com que as famílias busquem outros meios de economia, alternativas. Então, os genéricos e equivalentes estão sendo substituídos pelas moléculas de referência. Além disso, há uma credibilidade maior por parte dos médicos, que já estão passando o nome da substância ao invés da referência”, revela.

Garcez pontua ainda que muita gente quando vai comprar o remédio sempre pergunta qual o preço do produto referência, genérico ou equivalente e quando comparam o preço acabam levando os mais baratos. “Pela lei, os genéricos precisam custar 35% a menos, mas muitos fabricantes dão cerca de 40% e até 50% de desconto no preço em relação ao de referência. No dia a dia, na vivência no nosso estabelecimento comercial temos notado a procura maior pela medicação genérica ou equivalente”, pontuou.

Vale lembrar que, por lei, os genéricos custam 35% menos que os medicamentos de referência. No entanto, diante da concorrência acirrada, na prática, segundo a PróGenéricos, os descontos oferecidos pelos fabricantes podem chegar a até 60% no varejo.