26/05/2020 as 08:59

PANDEMIA

Saúde: 423 profissionais estão afastados das atividades

Desses, 264 fazem parte do quadro do município de Aracaju e 159 da Secretaria de Estado da Saúde

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Segundo dados do Ministério da Saúde, em todo o país já são mais de oito mil profissionais da Saúde afastados de suas funções em meio à pandemia da Covid-19, popularizada como coronavírus.

A maioria desses profissionais foi obrigada a deixar seus postos de trabalho por terem apresentado sintoma ou testarem positivo para a doença. Além disso, outros que fazem parte dos chamados grupos de risco para o coronavírus acabaram pedindo o afastamento.

Em Sergipe, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), 159 profissionais da Saúde já foram afastados de suas funções. Destes, 33 são médicos, 35 enfermeiros, 52 técnicos de enfermagem e 39 que desempenham outras funções na área, a exemplo de fisioterapeutas, biomédicos e farmacêuticos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Município de Aracaju, 264 servidores já se encontram afastados. Destes, 61 testaram positivo para o coronavírus.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), Augusto Couto, a situação é preocupante e revela o pânico dos trabalhadores que estão na linha de frente no combate à Covid-19. “Os profissionais estão com medo. E quem é que não está com medo? Por isso que muitos, de fato, estão pedindo o afastamento, principalmente diante do que é ofertado para eles, que são os baixos salários, EPIs reduzidos e condições péssimas de trabalho. Os gestores precisam baixar essa curva de infectados, principalmente entre os profissionais da Saúde”, alerta Augusto.

Ele também afirma que o sindicato vem buscando soluções junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), na tentativa de minimizar a situação dos servidores. “Tivemos uma videoconferência com o Ministério Público do Trabalho e os sindicatos envolvidos na preocupação para não aumentar o número de profissionais infectados. Na tentativa de equacionar e controlar, estamos pedindo um reforço nos EPIs e a realização de testes em todos os servidores. O ruim para a gente é aumentar o número e não ter profissional de saúde para atender a população. Essa é a preocupação do sindicato com aqueles que estão na linha de frente”, finaliza o sindicalista.

|Da redação do JC 

||Foto: André Moreira